Uma pesquisa realizada pelo Linkedin mostra que em setembro de 2022, 12% dos empregos do Reino Unido eram vagas no formato remoto. Isso representa uma queda de 4 pontos percentuais em relação aos 16% registrados em janeiro deste ano.

Com isso, os analistas estimam que o trabalho remoto deve ser reduzido por causa de empregadores “paranoicos” preocupados com a produtividade dos funcionários que trabalham de casa, disse Josh Graff, diretor administrativo do Linkedin na Europa, Oriente Médio, África e América Latina.

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Em entrevista à Bloomberg, Graff também mencionou a “paranoia da produtividade” de acordo com uma pesquisa recente da Microsoft, revelando que 80% dos gerentes estavam preocupados sobre suas equipes não serem tão produtivas quanto no escritório. O contraditório é que o mesmo levantamento mostra que 87% dos funcionários disseram continuar com uma boa produtividade mesmo no home-office.

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“Acho que o risco aqui é que potencialmente as pessoas [empregadores] vão perder motivação dos funcionários em um momento que eles mais precisam deles.”, disse Graff.

Divulgado em outubro, o relatório de “Tendências Globais” do LinkedIn mostra que, nos Estados Unidos, as publicações de empregos remotos por meio da rede social atingiram um recorde, representando 20% do total de vagas de emprego no mês de fevereiro. Em setembro de 2022 a quantidade de vagas remotas diminuiu 6 pontos percentuais, indo para 14% do total das vagas publicadas.

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Porém, a busca dos trabalhadores por vagas em trabalho remoto continua em alta. Metade dos norte-americanos usuários do Linkedin se candidataram para oportunidades de trabalho remoto. Em setembro o índice aumentou com 52% dos profissionais dos EUA que estavam em busca de trabalho home office.

Em verde está o percentual de candidaturas de norte-americanos que se candidataram a vagas de trabalho remoto através do LinkedIn. Em azul está o percentual de vagas de trabalho remoto publicadas na rede social. (Imagem: Reprodução/ LinkedIn)

Na análise de Jennifer Shappley, vice-presidente de aquisição de talentos globais do LinkedIn, os profissionais estão cada vez mais em busca de vagas que valorizem o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal:

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“Mais interessante para mim é que, mesmo diante de um futuro incerto, as pessoas ainda valorizam muito duas áreas da vida profissional que receberam muita atenção desde o início da pandemia: equilíbrio entre vida profissional e pessoal e arranjos de trabalho flexível – incluindo trabalho remoto . Espero que esses dois atributos continuem sendo os principais drivers de talento nos próximos anos.”

De acordo com o estudo “Working from Home Around the Wourld”  (“Trabalhando em casa ao redor do mundo”), o Brasil – junto ao Egito – é o país que os funcionários mais desejam diminuir a quantidade de dias trabalhados presencialmente. O levantamento mostra que os brasileiros gostariam de trabalhar em média 2 a 3 dias de home office.

Outro levantamento feito pela Frameable, plataforma norte-americana, mostra que a taxa de satisfação com o home office aumentou após a pandemia. Em 2020, 64% dos trabalhadores brasileiros estavam satisfeitos com o trabalho remoto, em 2021 a taxa aumentou para 73%.

Dos profissionais entrevistados no Brasil, 81% relataram se sentir mais produtivos no formato de trabalho remoto.

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