O avanço cada vez maior da tecnologia faz com que todos passemos por adaptações, o que também vale para empresas e seus executivos, como os CEOs.

Acompanhando a modernização, a consultoria Horse criou, pela primeira vez, um ranking baseado em Big Data que analisa os CEOs latino-americanos que geram impacto positivo na sociedade.

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Utilizando IA (inteligência artificial), o estudo analisou o desempenho dos líderes em relação aos eixos de inovação, sustentabilidade e meio ambiente, diversidade e inclusão e talento e work-life balance, tanto na mídia quanto nas redes sociais.

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Nos últimos 18 meses, foram processadas mais de 65 milhões de matérias jornalísticas dos 90 principais portais de notícias da Argentina, Brasil, América Central e Caribe, Chile, Colômbia, México e Peru. Ao mesmo tempo, foram avaliadas mais de 1 milhão de conversas no Twitter e LinkedIn.

As análises realizadas pela IA foram convertidas para scores, que definiram o posicionamento dos postulantes.

O colombiano David Vélez, fundador do Nubank, foi o vencedor desta edição, com 1960 pontos, seguido pelo chileno Matías Muchnick (NotCo), com 1950 e o argentino Marcos Galperin (MercadoLivre) (1880 pontos). No Top 10, o destaque não foi apenas entre empresários, mas também entre os executivos de empresas de tecnologia, como os brasileiros Cristina Palmaka (SAP), que ficou em quarto lugar, com 1840 pontos e Rodrigo Kede Lima (Microsoft), em quinto, também com 1840.

David Vélez (esq.) (Imagem: Divulgação/Nubank)

“É importante destacar que, em todos os casos analisados, sejam entre fundadores ou executivos, o denominador comum desses 100 líderes é a ruptura com os paradigmas clássicos da comunicação: não é mais uma opção inteligente para um CEO falar apenas quando há interesse voltado para o próprio negócio. O novo modelo de liderança exige que eles se manifestem ativamente sobre as problemáticas que fazem uma sociedade melhor”, contaram Cristian Marchiaro e Juan Pablo Daniello, fundadores da Horse.

Mulheres na liderança ainda são poucas

Por outro lado, em relação à disparidade de gênero, 18% das lideranças eram mulheres e apenas uma – Cristina Palmaka – conseguiu entrar no Top 10, o que mostra que ainda há longo caminho a percorrer em termos de igualdade nos cargos mais hierárquicos das empresas.

“A disparidade de gênero é problema que afeta todos os países da América Latina. Houve avanços nos últimos anos, mas é importante passar do dizer ao fazer e que as empresas não fiquem apenas em anúncios ou iniciativas que não tenham correlato interno”, acrescentaram os fundadores.

Imagem destacada: yakiniku/Shutterstock

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