Duas estrelas gêmeas recém-nascidas explodiram jatos de gases coloridos que foram flagrados pelo Telescópio Espacial Hubble. Embora os bebês não sejam vistos no registro, por estarem cobertos por uma camada espessa de poeira cósmica, foram eles que produziram o material estelar que jorra em azul e laranja a partir do centro da imagem abaixo.

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Berçário de estrelas na constelação de Órion explode jatos coloridos de gás. Créditos: ESA/Hubble & NASA, B. Reipurth, B. Nisini

Segundo um comunicado emitido pela NASA, o sistema lança jatos de gás em alta velocidade, que colidem com a poeira ao redor para formar as duas explosões nebulosas vistas à esquerda e à direita.

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Essas estruturas são chamadas de objetos Herbig-Haro (HH). Em 2002, os astrônomos descobriram que o HH1 (à direita da imagem) tem partes se movendo a mais de 400 km/s, expelidas pelo jato visível no canto superior direito. “A vida de estrelas recém-nascidas é tempestuosa”, diz o comunicado. 

Tanto o HH1 quanto o HH2, sua contraparte no canto inferior esquerdo, estão localizados na constelação de Orion, a cerca de 1.250 anos-luz da Terra. Um instrumento chamado Wide Field Camera 3 do Hubble reuniu luz desta região em 11 diferentes comprimentos de onda, cada um fornecendo informações únicas sobre o que está acontecendo em torno do berçário estelar.

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Esses não são os primeiros objetos Herbig-Haro registrados pelo Hubble. Em agosto de 2021, o Olhar Digital mostrou uma imagem “romântica” captada pelo telescópio espacial que nada mais era do que uma “flecha de Cupido acertando um coração cósmico” formada por um desses fenômenos.

Outra oportunidade em que o observatório espacial capturou objetos HH foi revelada em fevereiro deste ano, em uma foto do Complexo de Nuvens Camaleão, um berçário estelar de 65 anos-luz de largura, que ocupa a maior parte da Constelação de Camaleão. Nesta imagem, é possível ver o fenômeno em forma de aglomerados brilhantes e enevoados em azul.

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De acordo com a parceira da NASA no projeto Hubble, a Agência Espacial Europeia (ESA), pesquisas futuras feitas com base nos dados que vierem a ser captados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) podem melhorar nossa compreensão sobre os objetos HH.

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Conforme destaca o site Space.com, sendo capaz de espiar o universo com ultrassensibilidade infravermelha, Webb pode produzir imagens fascinantes dessas misteriosas visões celestiais raras quando apontar em suas direções.

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