Uma erupção solar surpresa explodiu de uma área de magnetismo denso na superfície do Sol, causando um apagão temporário em sinais de rádio em partes da Austrália e em toda a Nova Zelândia.

De acordo com o portal Spaceweather.com, o evento aconteceu no domingo (6), por volta das 20h (pelo horário de Brasília), sendo registrado pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA. O calor expelido pela erupção de classe M5 (grau acima do moderado) da mancha solar AR3141 criou uma onda de radiação que ionizou átomos na atmosfera terrestre.

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As regiões mais ativas da superfície solar na noite da erupção da mancha AR3141 (em destaque). Créditos: NASA SDO/equipes científicas da AIA, EVE e HMI, com rotulagem da EarthSky

Manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol por baixo das quais poderosos campos magnéticos, criados pelo fluxo de cargas elétricas, se entrelaçam antes de, repentinamente, estalarem jatos explosivos de material solar carregados de radiação chamados ejeções de massa coronal (CMEs). 

Em uma postagem no Twitter, o portal meteorológico pediu desculpas por não ter emitido nenhum alerta. “Nossas desculpas por não haver alerta para este evento. O sinalizador foi impulsivo”, diz o tweet.

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Os apagões de rádio ocorrem sobre as áreas atingidas durante o tempo do sinalizador, sendo classificados de R1 a R5, de acordo com a gravidade. Este sinalizador mais recente causou um apagão moderado R2.

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O que é uma erupção solar

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número refere-se aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.

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De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último. 

Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação. Normalmente, levam alguns dias para chegar à Terra, quando direcionadas para o nosso planeta.

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