A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-27) aconteceu dos dias 6 a 18 de novembro e foi debatida a urgência em reduzir as emissões. A necessidade de países mais poluentes reagirem às mudanças climáticas e de nações desenvolvidas ajudarem países mais pobres a enfrentar o cenário foram pontos importantes das conversas. 

O secretário-geral da ONU António Guterres foi mais direto no assunto já em seu discurso de abertura ao dizer “A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer. Ou fechamos um pacto de solidariedade climática ou um pacto de suicídio coletivo”. Guterres também foi insistente em pedir agilidade no enfrentamento dos efeitos das mudanças antes que eles sejam irreversíveis. “Estamos numa rodovia rumo ao inferno climático com o pé no acelerador.” disse ele em seu discurso.

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 Ele também reforçou que fossem traçados acordos e estratégias para a eliminação do uso de carvão e a mudança de combustíveis fósseis para fontes de energia limpas e renováveis. Além disso, ele também pediu que fosse feito um financiamento para países mais pobres a fim de reduzir as emissões e lidar com as consequências já existentes das transformações climáticas.

Antonio Guterres (Imagem: lev radin/Shutterstock)

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O inferno climático já está entre nós

Segundo a agência meteorológica da ONU, os últimos 8 anos foram provavelmente os mais quentes já registrados. Consequência disso é a constante redução das geleiras e do volume de gelo. O nível do mar subiu cerca de 5 mm ao ano desde 2000, quase 2,5 vezes mais se comparado aos 2,1 mm anuais de 1990. 

Além do derretimento do gelo, o aumento das temperaturas globais também tem causado o aquecimento dos oceanos. Cerca de 90% do calor atmosférico vai para eles, fazendo com que a elevação das temperaturas marítimas tenha subido 67% nos últimos 15 anos. As consequências das mudanças climáticas já estão acarretando diversos problemas à população mundial. No leste da África mais de 18 milhões de pessoas estão em situação de fome devido a seca de 4 anos que assola a região, ao mesmo tempo enchentes no Paquistão mataram 1,7 mil e deixou quase 8 milhões desabrigados.

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