A segurança costuma ser bem falha e escassa quando se trata de privacidade de dados e segurança financeira, principalmente no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Transunion, empresa global de informações e soluções, aponta que as tentativas de fraudes digitais no país aumentaram 20% só no segundo trimestre de 2022 em relação à mesma época em 2021.
Porém, não são apenas fraudes em computadores e celulares, esses golpes estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, à medida que esses riscos se tornaram mais frequentes, inclusive no setor de consórcios.
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De acordo com Tatiana Anderson, head da Turn2C, startup de inteligência artificial para o setor de consórcio, é possível reconhecer diversos elementos que envolvam a modalidade financeira e que podem ser considerados suspeitos, como propagandas duvidosas nas mídias sociais, facilidades que apenas aquele vendedor possui, garantia de contemplação ou cota já contemplada e promessa de que a cota já está quitada.
Diante de tantas possibilidades de fraude, a melhor forma de saber se o consórcio que pretende comprar é realmente real e transparente, é tomar a decisão com alguém de confiança e que entenda do assunto.
“O consórcio é um ótimo produto e pode trazer muitos benefícios, mas é importante existir uma assessoria pós venda para ajudar com todos os trâmites perante à administradora do consórcio”, afirma.
Um dos golpes mais usuais nesse método financeiro é quando supostos vendedores solicitam dinheiro adiantado de clientes, seja por PIX ou com algum boleto fraudulento.

Isso normalmente é feito com promessas de vendas de cotas inexistentes de consórcio, ou a venda de uma cota contemplada com descontos irreais. Uma vez efetuado o pagamento, o suposto vendedor desaparece e corta o contato com o cliente.
Por essa razão, é importante ficar sempre alerta. “Se você estiver em contato com alguém que não conhece, é importante verificar junto à administradora ou com uma pessoa de sua confiança se o vendedor é cadastrado em alguma administradora de consórcio e se está mesmo autorizado a fazer venda do produto. Além disso, o contrato deve ser assinado diretamente com a administradora e os pagamentos serão realizados posteriormente para ela também”, destaca Tatiana.
Para impossibilitar que esse tipo de situação ocorra e cause transtornos e problemas, a melhor forma de se prevenir de golpes no consórcio é sempre pesquisar e procurar corporações confiáveis e idôneas.
Entretanto, quando um cliente cai em um golpe de consórcio, a executiva avisa que a pessoa deve agir rapidamente. “O primeiro passo é ir até a delegacia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência. Na sequência, vale procurar um advogado para auxiliar em relação aos trâmites da justiça e em eventual ação de reparação de danos”, finaliza.
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