No início de 2022, a ispace (com inicial minúscula mesmo), uma startup japonesa do ramo espacial com sede em Tóquio, anunciou o planejamento de uma série de missões robóticas na Lua, com a primeira delas, chamada M1, programada para ser lançada até o fim do ano, a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX.

Originalmente, o lançamento estava marcado para quarta-feira (30), mas a necessidade de “checkouts adicionais antes do voo” provocou o adiamento para a madrugada desta quinta-feira (1).
No entanto, poucas horas antes, a SpaceX anunciou pelo Twitter que a missão seria postergada novamente – desta vez, sem data prevista. “Após novas inspeções do veículo de lançamento e revisão de dados, estamos nos afastando do lançamento de amanhã da Missão Hakuto-R 1 da ispace; uma nova data de lançamento alvo será compartilhada uma vez confirmada”, diz o tweet publicado na noite de ontem.
Além do módulo de pouso Hakuto-R, o CubeSat Lunar Flashlight, da NASA, também vai embarcar no mesmo voo, que vai decolar da Estação da Força Espacial dos EUA em Cabo Canaveral, na Flórida.
De acordo com o site Space.com, o Falcon 9 reservado para a M1 é um veterano já utilizado em quatro voos anteriores. Seu primeiro estágio ajudou a elevar o satélite de comunicações SES-22 em junho passado, além de três lotes de satélites de internet Starlink.
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Quando tudo estiver resolvido, após a decolagem, Hakuto-R embarca em uma jornada de aproximadamente quatro meses até a Lua, com o objetivo de pousar em solo lunar e entrar para a história: até o momento, apenas a NASA e as agências espaciais da China e da antiga União Soviética conseguiram o feito.
Outra nação também se beneficiará de um pouso bem-sucedido do módulo japonês. O primeiro rover lunar dos Emirados Árabes Unidos, um robô de 10 kg chamado Rashid, deverá ser implantado pelo Hakuto-R na Lua para estudar seus arredores por cerca de 14 dias terrestres, se tudo correr conforme o planejado.
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