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Nesta quarta-feira (7), a Adobe anunciou que o Adobe Stock, seu serviço de fotografia, irá permitir que artistas enviem artes geradas por inteligência artificial para venda. A mudança ocorre no momento de grande crescimento (e discussões) de toda a indústria sobre artes de IA.
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Porém, para a Adobe, estes envios possuem algumas restrições, como: os artistas devem possuir ou ter direito de uso das imagens; ela deve ser enviada como ilustração, mesmo que seja realista; e deve conter no título “gerada por IA”, segundo o site Ars Technica.
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Além destas regrinhas, as imagens precisam aderir às novas diretrizes de conteúdo de inteligência artificial da Adobe, exigindo que o artista inclua uma autorização do modelo para qualquer pessoa retratada pela IA. Obras de arte, em geral, que retratam pessoas, personagens, marcas ou até propriedades científicas exigem uma liberação de propriedade, atestando que o artista tem todos os direitos necessários para licenciar o conteúdo para a Adobe Stock.
No início deste ano, ferramentas como Stable Diffusion, Midjourney e DALL-E surgiram para otimizar estas sínteses de imagens, desbloqueando uma fonte infinita de materiais gerados por inteligência artificial. Elas podem copiar todos os estilos de arte comuns em várias mídias, incluindo fotografias. Cada IA permite que o artista crie um trabalho baseado em textos, chamados de prompt.
Em setembro, alguns artistas começaram a listar imagens de IA em bancos de dados. Inicialmente a Shutterstock retirou as imagens de seus bancos de dados, mas em seguida ela reverteu sua decisão e fez uma parceria com a OpenAI, para gerar mais obras de inteligência artificial no site. Porém, no final de setembro, a Getty Images proibiu a arte de IA, alegando que todos os direitos autorais não haviam sido totalmente testados nos tribunais e que isso ainda é “ilegal”.
Esta nova tecnologia trouxe preocupações legais aos artistas, já que as obras geradas por IA comprovaram ser esteticamente problemáticas. Alguns criticaram a capacidade de síntese de imagens de reproduzir estilos dos artistas vivos, principalmente porque os modelos de inteligência artificial tiveram esta capacidade aprimorada via rascunhos e outras imagens não autorizados de sites. Apesar disso, a Adobe abraça esta tendência de crescimento desse formato.
“Estou confiante de que nossa decisão de aceitar com responsabilidade o conteúdo feito por IA serve tanto aos clientes quanto aos colaboradores”, disse Sarah Casillas, diretora sênior de conteúdo do Adobe Stock, em comunicado enviado por e-mail aos membros da empresa. “Conhecimento, arte, bom gosto e imaginação são essenciais para o sucesso em um mercado de ações em que os clientes exigem qualidade, e esses são atributos que nossos colaboradores de sucesso podem continuar a trazer – não importa quais ferramentas eles escolham”.
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