O teste do primeiro protótipo de míssil hipersônico da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) foi um sucesso. Agora, as autoridades esperam que a nova Arma de Resposta Rápida seja a primeira dessa categoria a atingir o status operacional nos EUA. A China e a Rússia já dominam o uso da tecnologia.

Estimativas apontam que a velocidade máxima do protótipo, conhecido como AGM-183A, é de 24 mil km/h, porém ainda não se sabe se esse foi o valor atingido durante o teste, que foi realizado na sexta-feira (9) em uma faixa de treinamento na costa da Califórnia.

publicidade

Em um comunicado emitido pela autoridade aérea norte-americana “este teste foi o primeiro lançamento de um protótipo completo de míssil operacional”. Ainda no documento, explica-se que “após a separação do AGM-183A da aeronave, ele atingiu velocidades hipersônicas superiores a cinco vezes a velocidade do som, completou sua trajetória de voo e detonou na área do terminal. As indicações mostram que todos os objetivos foram atingidos.”

Leia mais:

publicidade

Segundo o brigadeiro-general Jason Bartolomei, diretor executivo do programa da Diretoria de Armamento, no comunicado da USAF, levou apenas cinco anos para que o míssil fosse projetado e lançado. Desde abril de 2021, uma série de testes malsucedidos foram realizados e isso gerou muita preocupação para os envolvidos no programa.

De acordo com a Força Aérea dos EUA, o instrumento foi projetado para atingir alvos pré-determinados no solo, como locais fixos de mísseis, estações de radar, instalações de defesa aérea, instalações de infraestrutura ou até mesmo edifícios de sede adversários.

publicidade

Míssil é praticamente indetectável

O AGM-183A é um veículo de impulso-deslizamento, portanto, ele atua como um projétil que desliza em direção aos seus alvos. Esses veículos de impulso-deslizamento não caem ao longo de trajetórias previsíveis em forma de arco, como mísseis balísticos; em vez disso, eles deslizam até seus alvos sem energia por uma trajetória mais plana e são capazes de executar manobras abruptas durante o voo.

Essa capacidade, juntamente com suas velocidades extremas, tornam essa classe de armas muito difícil de detectar, rastrear e deter com os atuais sistemas de defesa aérea. Com essa dificuldade em vista, o Departamento de Defesa dos EUA também está desenvolvendo nova tecnologias para combater esse tipo de míssil, que provavelmente se tornará crescente nos próximos anos.

publicidade

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!