O iPhone 14, da Apple, tem duas câmeras traseiras de 12 MP (megapixels). Já o Galaxy Z Fold 4, da Samsung, tem três câmeras atrás, de 50 MP, 12 MP e 10 MP. São números que podem impressionar. Mas quando o assunto é qualidade de fotos, megapixel não é tudo.
O megapixel é uma especificação técnica do sensor da câmera. Além dele, existe o tamanho (e a sensibilidade) do sensor, a abertura da lente, a distância focal, etc. Essas partes funcionam articuladas aos recursos do sistema operacional do celular. É a combinação disso tudo que entrega (ou não) boas fotos. Mas vamos por partes.
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O que é megapixel?
Um megapixel contém um milhão de pixels, bloquinhos na superfície do sensor da câmera capazes de capturar luz. Quanto maior o número, maior a foto (no sentido “altura e largura”).
Resumindo: o número de megapixels afeta a resolução da imagem, não a qualidade. Na prática, um número alto de megapixels significa que você poderá ampliar bastante as imagens sem perder nitidez. Ou seja, te dá mais liberdade para cortá-la.
Um iPhone 8, por exemplo, consegue tirar fotos tão grandes quanto o iPhone 14 (no caso, 4032 x 3024). É que as lentes de ambos são de 12 MP. Mas as fotos tiradas pelo iPhone 14 são melhores, obviamente. Porque megapixel não é tudo.
Tamanho do sensor (e dos pixels)
O tamanho dos pixels no sensor importa mais do que a quantidade de megapixels. E, nesse caso, quanto maior for o sensor e menor forem os pixels nele, melhor. Esse tamanho é indicado por uma fração, geralmente omitida nos sites das fabricantes (uma boa referência é o site GSM Arena).
Por exemplo: o iPhone 8 tem sensor de 1/3”, enquanto o iPhone 14 vem com sensor de 1/1,7”. Quanto menor o número, maior é o sensor. E melhor, porque abarca pixels menores (indicados pela unidade de medida “µm”).
Outros mecanismos e recursos
Quando você toca naquele botãozinho de tirar foto, dispara uma série de mecanismos e recursos no seu celular. A imagem é produto da combinação: sensibilidade do sensor (ISO), distância focal (mm), abertura (f) e velocidade (1/x s).
Esses mecanismos funcionam em parceria com o processador e também com o sistema operacional do celular. É uma combinação de hardware com software.
O iPhone 14, por exemplo, tem pixel binning. O recurso junta dados “gravados” nos pixels em blocos maiores. Na prática, isso melhora a qualidade de fotos tiradas em ambientes com pouca luz.
Outros recursos de software que exploram os mecanismos das lentes são os “modos” (retrato, noturno, profissional etc). Eles também afetam a qualidade da foto. Bem mais que o número de megapixels.
Via BBC e Make Use Of
Imagem de destaque: Pedro Spadoni/Olhar Digital
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