Conforme noticiado pelo Olhar Digital, o foguete Vega-C, da Arianespace, apresentou uma falha logo após a decolagem, na última terça-feira (20), ao desviar a rota planejada e acabar desaparecendo no espaço.
Na verdade, segundo a empresa, a anomalia fez com que fosse acionado o recurso de autodestruição do veículo, “de acordo com o procedimento padrão normalizado pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) [a agência espacial da França]”.
O incidente foi comentado por Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, que lamentou o fracasso da missão, se mostrando preocupado.
“Sinto muito saber disso. É um sinal preocupante da dificuldade do voo espacial orbital”
Elon Musk, via Twitter
Resumo dos fatos:
- O foguete Vega-C decolou como programado, às 22h47, no espaçoporto europeu de Kourou, na Guiana Francesa (pelo horário local, que tem o mesmo fuso de Brasília);
- Da decolagem à separação do primeiro estágio (P120C), tudo ocorreu dentro da normalidade;
- Na sequência da ignição nominal do motor do segundo estágio (Zefiro 40), cerca de 144 segundos após a descolagem, observou-se uma diminuição da pressão que conduziu ao fim prematuro da missão;
- A ordem de destruição do lançador foi dada pelo CNES, a autoridade de segurança do lançamento, sem nenhum dano a pessoas ou propriedades;
- A Arianespace e a Agência Espacial Europeia (ESA) decidiram imediatamente nomear uma comissão de inquérito (para analisar as razões da falha e definir as medidas que preenchem todas as condições de segurança e confiabilidade necessárias para permitir a retomada dos voos).
De acordo com a Arianespace, a comissão é composta por peritos independentes, que vão trabalhar junto com a Avio, contratante principal do sistema de lançamento Vega-C.
Ainda segundo a empresa, o grupo é copresidido pelo Inspetor-Geral da ESA, Josef Aschbacher, e pelo Diretor Técnico da Arianespace, Pierre Yves Tissier. “Serão partilhadas mais informações logo que a comissão tenha procedido às suas investigações”.
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Este foi o segundo lançamento do Vega-C (e primeiro de caráter comercial, após um bem-sucedido voo de estreia institucional, ocorrido em julho).
Ele continha dois satélites de observação da Airbus Defence and Space (Pleiades Neo 5 e 6), os últimos da série Pleiades Neo, que permitem criar imagens de qualquer ponto do planeta várias vezes ao dia com uma resolução de 30 cm.
Esse lançamento foi o quinto e último de 2022 a partir do espaçoporto de Kourou.
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