Câmeras a bordo da estação espacial chinesa, chamada Tiangong, registraram um vídeo impressionante da Terra com o infinito escuro do espaço ao fundo.

Uma parte do laboratório orbital aparece em primeiro plano nas imagens, que mostram o nosso planeta girando suavemente. 

Em algumas cenas, a estação está na parte superior da tela, e a Terra parece rolar por baixo, como uma bola de boliche marmorizada. Às vezes, as câmeras captam as sombras que as nuvens projetam sobre o mundo aquoso abaixo e, eventualmente, surge o brilho do Sol.

Tiangong consiste em um estágio central chamado Tianhe, e dois módulos experimentais denominados Wentian e Mengtian. Oficialmente, ela está completa, em seu formato projetado em T – mas, pode haver mais desenvolvimentos por vir, conforme revelado pelo Olhar Digital.

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A estação pode evoluir para fornecer mais espaço para experimentos científicos e tecnologias de naves espaciais para tornar a exploração lunar uma realidade, disse Wang Xiang, comandante do sistema do laboratório orbital na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) à China Central Television (CCTV).

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Segundo Wang, um “módulo de extensão” poderia ser lançado para atracar com a parte dianteira de Tiangong. 

“Esse módulo deixaria mais espaço para os veículos que chegassem atracarem e ofereceria um ambiente maior e mais confortável para os membros da tripulação, além de oferecer mais espaço para experimentos científicos, dentro e fora da estação”, disse Wang à CCTV. “Por exemplo, se vamos realizar a exploração lunar tripulada no futuro, então temos algumas das tecnologias de espaçonaves – até mesmo algumas da nova geração de tecnologias – que podem ser verificadas no espaço sideral”.

Há algumas semanas, um trio de taikonautas (como são chamados os astronautas da China) acabou de retornar de uma temporada de seis meses na estação Tiangong. A cápsula de retorno da missão Shenzhou-14, transportando Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe, caiu de paraquedas no local de pouso de Dongfeng, na Mongólia Interior do norte da China.

“Concluímos as missões em órbita seguindo o plano. Todos os astronautas saíram da cabine com boa saúde e tudo foi implementado como planejado. Todo o voo tripulado foi perfeito, sem qualquer anormalidade”, disse Shao Limin, vice-gerente tecnológico de sistemas de espaçonaves tripuladas da CAST.

Eles se reuniram com a tripulação da missão Shenzhou-15 por cinco dias, período em que o complexo orbital teve sua capacidade máxima lotada pela primeira vez. Os taikonautas Fei Junlong, Deng Qingming e Zhang Lu também ficarão no laboratório orbital chinês por seis meses.

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