Implante ocular promete “realidade virtual definitiva”

Startup fundada por ex-sócio de Elon Musk está desenvolvendo um implante ocular diferente de qualquer outro
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Flavia Correia 04/01/2023 15h11, atualizada em 04/01/2023 15h13
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Imagem: Olho feminino com lente de contato digital. Créditos: goffkein.pro/Shutterstock
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Max Hodak, ex-presidente da Neuralink que deixou a empresa que ajudou a fundar após desentendimentos com o sócio Elon Musk, abriu uma startup de interface cérebro-computador chamada Science Corp em 2021. Agora, a empresa está tocando um projeto ambicioso: um olho protético de próxima geração capaz de tratar a cegueira e abrir novos caminhos para a realidade virtual e aumentada.

Em uma entrevista ao site Futurism, o empresário contou um pouco mais sobre o projeto “Science Eye”. De acordo com ele, o olho combina terapia genética com uma tela de microLED sobre a retina para restaurar a visão.

O dispositivo protético Science Eye. Créditos: Science Corp.

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Hodak disse que a tecnologia já foi testada em animais. Os olhos foram implantados em alguns coelhos e, aparentemente, tudo correu bem. O empresário espera que os testes em humanos ocorram dentro de dezoito meses.

Entretanto, ele acredita que algumas modificações ainda devem ser feitas no plano inicial. Talvez uma variação da tecnologia poderia levar a uma experiência virtual imersiva. “Achamos que vemos uma maneira de criar o que acaba como a melhor tecnologia de exibição de AR / VR sem cirurgia significativa”, disse Hodak.

A startup Science Corp, enfatizou o empresário, é “extremamente diferente da Neuralink”. Segundo a Bloomberg, ela foi considerada a segunda empresa de interface cérebro-computador mais bem financiada, com US$160 milhões em capital, atrás apenas da própria Neuralink, há alguns meses.

Saúde é a prioridade do projeto de implante ocular

“A abordagem técnica que estamos desenvolvendo é extremamente diferente do que a Neuralink estava fazendo”, pontuou Hodak. “Em última análise, porém, nossa visão vai muito além de apenas próteses visuais clínicas. Queremos deixar a ambição crescer com o sucesso, em vez de fazer grandes declarações sobre coisas que podemos ou não fazer no futuro neste momento”, ponderou.

Ele diz que, por enquanto, a Science Corp está “focada em colocar nosso primeiro produto em pacientes” – e conforme esse primeiro plano dê certo, os próximos passos serão definidos com o passar do tempo. “Estamos animados para ver para onde a startup vai em seguida”, finalizou.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.