O café é, indiscutivelmente, uma das bebidas mais queridinhas do brasileiro. Embora seja popular no mundo todo, o famoso “café preto” está entre um dos mais consumidos no país, junto com a cerveja e o vinho. E há quem diga que ficar sem um “pingado” pode dar dor de cabeça, ou ainda que, enquanto não tomar o cafezinho com pão na chapa, o dia “não começa”. 

Contudo, não é apenas a cafeína presente no café que os brasileiros consomem, já que bebemos também refrigerantes e energéticos com o componente. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora americana, equivalente à Anvisa, a quantidade segura de cafeína para adultos por dia é de até 400 mg. Uma xícara de 200 ml de café, por exemplo, já tem 90 mg da substância. 

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Seja para tentar ser mais saudável, principal meta em 2023 conforme levantamento da V.Trends, ou simplesmente para diminuir o alto consumo de café, muitas pessoas optam vez ou outra por parar abruptamente com as bebidas, mas, segundo especialistas, o corte repentino pode, sim, causar reações de abstinência. 

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“Se você está acostumado a beber bebidas com cafeína, cortá-las rapidamente pode causar dores de cabeça, sensação de cansaço e letargia ou dificuldade de concentração”, disse a nutricionista da Fundação Britânica do Coração, Victoria Taylor, em entrevista ao Daily Mail. 

Imagem relativa a consumo de café
otello-stpdc/Shutterstock

Confira abaixo sinais de que você pode estar com abstinência de cafeína: 

  • Dores de cabeça 

Para quem achava que não, o cérebro se acostuma, sim, com a cafeína. Um simples café gera uma melhora na cognição e performance psicomotora do indivíduo, dando mais energia e o mantendo em estado de alerta, isso ocorre a partir da contração dos vasos sanguíneos e acesso ao sistema nervoso central. Quando a bebida para de ser consumida, os vasos relaxam e uma quantidade inesperada de sangue é bombeada para o cérebro, causando dor de cabeça. 

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Geralmente, o sintoma dura até dois dias, mas não há nada que impeça que ele perdure por mais tempo. 

  • Cansaço 

Como mencionado, o café tem relação com energia, bem como os energéticos (como próprio nome já diz). Com o corpo acostumado a receber doses diárias do composto, na falta é comum ter moleza ou fadiga. Isso ocorre porque quando a cafeína entra no corpo ela bloqueia a adenosina, substância química que está naturalmente presente em nosso cérebro e é responsável pela sonolência. 

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Quando o efeito do café acaba, volta a sensação de cansaço e sono. 

  • Mau humor 

Não é exagero quando alguém fala que “o dia só começa depois do café”. A bebida aumenta a liberação de dopamina e norepinefrina, que influenciam seu humor e sentimentos, além de também afetar o nível de glicose no sangue e as frequências cardíaca e respiratória. 

Com a pausa repentina de cafeína, os sinais desses mensageiros são enviados mais lentamente, causando o péssimo humor — explicado o “Bom dia” bem humorado só após o cafezinho!

  • Náusea e tremores 

É normal sentir náuseas quando se exclui a cafeína, ou até sintomas parecidos com o da gripe. As tremedeiras também são normais, visto que bebidas como o café são estimulantes do sistema nervoso central. 

  • Falta de foco ou concentração diminuída 

Assim como no caso do cansaço, a falta de foco ou concentração também pode estar atrelada a falta do café. Um estudo americano publicado na revista Consciousness and Cognition, em 2020, sugeriu que a cafeína pode melhorar a capacidade de resolução de problemas. Isso ocorre porque ela afeta as substâncias químicas do cérebro, incluindo o glutamato, vital para o aprendizado e a memória. 

Para aqueles que querem parar de tomar café a orientação é que a redução seja progressiva. Outra opção é escolher bebidas sem cafeína, como o café descafeinado. Vale lembrar que energéticos não são bebidas para serem consumidas diariamente, já que ela traz riscos à saúde, principalmente quando combinada com outras substâncias — como bebidas alcoólicas ou medicamentos. Quando o corte progressivo não é uma alternativa, a moderação é a melhor forma de aproveitar os benefícios da cafeína. 

Com informações do O GLOBO  

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