Desde que o ser humano caminha lado a lado com gatos, suas atitudes peculiares sempre foram questionadas. Mas a mais intrigante é, sem dúvida, a velha máxima de que eles sempre caem em pé.

Existem diversas implicações acerca desse fenômeno, inclusive físicas. Em 1894 o fisiologista francês Étienne-Jules Marey usou técnica fotográfica de modo a obter várias fotos de um gato caindo e se virando para cair em pé.

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Reproduzida na revista Nature dois anos depois, as fotos em alta velocidade mostraram o gato solto, com as pernas apontando para o teto e pousando tranquilamente nas quatro patas.

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Já a Universidade de Santa Clara, por meio de seus pesquisadores, dizem haver questões físicas e fisiológicas por trás dessa “magia” felina. Como o fato de que um objeto, quando em rotação, gira mais rápido quando mais de sua massa se aproxima do eixo cujo objeto está rodando.

Além disso, há a questão de que, para cada sistema rotativo, existe quantidade determinada de força física que sempre permanecerá a mesma caso não haver interferência de terceiros no movimento. Isso tudo significa que a posição na qual o gato cairá depende da taxa de rotação, quantidade de massa e o momento em que ela está no eixo de rotação.

Samuel Teófilo, médico-veterinário da Petz, disse no blog da empresa que o motivo da queda em pé do gato é a presença de espécie de “radar” em seu organismo. “A partir desse mecanismo, o pet consegue direcionar suas patas em direção ao solo e cair com suavidade”, pontuou.

Esse mecanismo se dá porque a transmissão de mensagens nervosas entre olhos, ouvidos, músculos e articulações dos bichanos é tão rápida que permite ao animal ter equilíbrio. Mas, claro, o gato precisa ter tempo suficiente para se equilibrar antes da queda.

Teófilo indicou que a coluna deles também tem papel crucial, pois “as vértebras são mais maleáveis, ajudando no impacto”.

E na prática?

Toda essa teoria foi testada pelo canal do YouTube Smarter Every Day por meio de vídeo em câmera lenta. Nele, vemos como os gatos utilizam as duas partes de seu corpo para rodarem rapidamente.

Não importa como o felino é solto, ele gira a cabeça e seu tronco rápido e sincronizado – quando com as patas dianteiras juntas. Com as traseiras estendidas, ele realiza rotação lenta, porém controlada, como que para dividir seu comprimento em dois para diminuir o impacto da queda e conseguir cair nas quatro patas.

Com informações de Byte

Imagem destacada: Ioan Panaite/Shutterstock

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