Sol sofre outra erupção do tipo mais violento em pouco mais de 24h

Esse foi o segundo registro de uma erupção solar classe X em um intervalo de um dia e o terceiro em uma semana
Flavia Correia11/01/2023 15h28, atualizada em 11/01/2023 20h57
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Na terça-feira (10), o Olhar Digital noticiou que, no dia anterior, uma mancha hiperativa no Sol sofreu uma erupção de classe X1.9 (o tipo mais poderoso), como parte de uma onda de sucessivos episódios semelhantes. Agora, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA revelou que outra explosão do mesmo tipo aconteceu pouco mais de 24 horas depois.

De acordo com a entidade, desta vez o evento se originou a partir de uma mancha recém-emergente que voltada em direção à Terra. O fenômeno foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares da NASA às 19h47 de terça, pelo horário de Brasília, e marca a terceira explosão da classe X em menos de uma semana.

Segundo a plataforma Spaceweather.com, a erupção lançou uma pluma de detritos no espaço e a radiação ionizou a atmosfera superior da Terra, provocando apagões de rádio em todo o Pacífico Sul.

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O que é uma erupção solar

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número refere-se aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.

De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último. 

A explosão mais recente, por exemplo, foi do tipo X.09 (um exemplo relativamente fraco da classe mais poderosa de erupções).

Esses eventos enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação. Normalmente, levam alguns dias para chegar à Terra, quando direcionadas para o nosso planeta.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.