Nesta quarta-feira (25), a equipe que administra o Twitter do Telescópio Espacial Hubble divulgou mais uma imagem impressionante feita do cosmos pelo equipamento lendário da NASA.
Esta imagem colorida representativa é um composto de exposições à luz visível e ao infravermelho próximo tiradas em junho de 2002 pela Câmera Avançada para Levantamentos (ACS) a bordo do Hubble.
Nela, vemos um aglomerado volumoso de galáxias amareladas, aparentemente capturado em uma teia de aranha vermelha e azul de galáxias de fundo estranhamente distorcidas. Trata-se do aglomerado de galáxias Abell 1689, um dos mais massivos já conhecidos.
Segundo a publicação, essa região é composta por tanta matéria que distorce a luz que viaja até o Hubble a partir de objetos localizados atrás dela, num fenômeno conhecido como lente gravitacional.
A gravidade dos trilhões de estrelas de Abell 1989 – mais a matéria escura – atua como uma “lente” de 2 milhões de anos-luz no espaço. Essa lente gravitacional dobra e amplia a luz das galáxias localizadas muito atrás dela. Alguns dos objetos mais fracos da imagem estão provavelmente a mais de 13 bilhões de anos-luz de distância.
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Embora as lentes gravitacionais tenham sido estudadas anteriormente pelo Hubble e por telescópios terrestres, esse fenômeno nunca foi visto antes com tanto detalhe. A imagem da ACS revela 10 vezes mais arcos do que seria visto por um telescópio em solo.
Segundo a NASA, a ACS é cinco vezes mais sensível e fornece imagens que são duas vezes mais nítidas do que as câmeras anteriores do Hubble. Assim, ele consegue ver os arcos mais fracos com maior clareza.
A análise detalhada das imagens promete lançar luz sobre a evolução das galáxias, a curvatura do espaço e o mistério da matéria escura. A imagem é uma demonstração aprimorada da previsão de Albert Einstein de que a gravidade distorce o espaço e deforma os feixes de luz.
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