Em fevereiro de 1971, a missão Apollo 14 pousou na Lua, fato que completa 52 anos neste domingo (5). O comandante Alan Shepard e o piloto do módulo lunar Antares, Edgar Mitchell, deixaram seu companheiro de tripulação Stuart Roosa no módulo de comando e desceram à superfície – de uma maneira um tanto caótica.

A tripulação da missão Apollo 14: Edgar Mitchell, Alan Shepard (que desceram à superfície da Lua) e Stuart Roosa, que ficou no módulo de comando. Imagem: NASA

Segundo a NASA, um interruptor defeituoso começou a enviar sinais de “abortamento” para o computador do módulo de pouso, e a agência precisou reprogramar a máquina antes que os astronautas pudessem pousar. 

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Além disso, o radar de pouso não conseguiu medir a altitude e a velocidade de descida do módulo. O problema se resolveu a tempo, e Shepard pôde pousar manualmente a espaçonave bem no alvo.

Este foi o terceiro pouso humano na Lua, tendo o primeiro acontecido em 1969, por meio da missão Apollo 11, e o último, em 1972, com a Apollo 17. Ao todo, 12 homens puseram os pés no chão do satélite natural da Terra até hoje.

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Muitos se lembram desta missão como aquela em que um astronauta – Shepard – deu duas tacadas de golfe na Lua, mas a tripulação também teve várias outras aventuras. A equipe procurou evidências de um asteroide que esculpiu uma grande cratera lunar e lutou contra falhas e alarmes falsos enquanto se dirigiam para as terras altas da região de Fra Mauro.

Edgar Mitchell monta um pacote de experimentos de superfície lunar composto por um conjunto de instrumentos científicos colocados no local de pouso. Os instrumentos foram projetados para funcionar de forma autônoma para estudos de longo prazo do ambiente da Lua. Créditos: NASA/Alan Shepard

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Volta da humanidade à Lua

Considerada o ponto de partida para uma nova era da exploração lunar e do espaço profundo, a missão Artemis 1 foi lançada na madrugada de 16 de novembro de 2022 do Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, com o objetivo de abrir caminho para a instalação da presença humana na Lua de forma sustentável.

O principal objetivo desse voo não tripulado, que durou 25 dias, era circundar o astro para testar tecnologias essenciais para todas as outras missões do Programa Artemis, como o foguete Space Launch System (SLS) e a cápsula Orion, além dos sistemas de comunicação e de suporte de vida.

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Depois deste, o próximo voo do megacomplexo veicular é esperado para 2024, com tripulantes a bordo da missão Artemis 2, que foi projetada para repetir o mesmo circuito, também sem chegar a pousar em solo lunar. 

Isso, de fato, só deve acontecer entre 2025 e 2026, com a missão Artemis 3, que finalmente levará a humanidade a pisar de novo na Lua, mais de meio século depois da nossa última visita.

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