Uma imagem impressionante da galáxia NGC 6872, que fica a 212 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Pavo, acaba de ser divulgada. Ela é composta por dados de três importantes telescópios: o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO), o Galaxy Evolution Explorer (GALEX), da NASA, e o aposentado Telescópio Espacial Spitzer, também da agência espacial norte-americana.
Como se vê na foto, NGC 6872 é uma galáxia espiral barrada, com dois longos braços formados por estrelas saindo da parte central.

Embora seja belíssima, o que realmente impressiona, no entanto, é seu tamanho. De uma ponta a outra da galáxia, estendem-se cerca de 522 mil anos-luz de comprimento – o que a torna cinco vezes maior que a Via Láctea e a maior galáxia espiral já vista até hoje.
Como foi produzida a imagem:
- As observações em luz visível foram feitas pelo Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul;
- O telescópio responsável por observar a galáxia em infravermelho, foi o agora inoperante Galaxy Evolution Explorer (GALEX), da NASA;
- Já as observações em luz ultravioleta foram feitas pelo também Telescópio Espacial Spitzer da NASA, também desativado.
Aparência peculiar de galáxia é causada por interações gravitacionais
Os astrônomos acreditam que a aparência peculiar de NGC 6872 é causada por interações gravitacionais com uma galáxia de disco vizinha, a IC 4970, que tem cinco vezes menos massa.
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Entender a estrutura e a dinâmica de sistemas de interação próximos como este nos aproxima de colocar esses eventos em seu contexto cosmológico adequado, abrindo caminho para decodificar o que encontramos em sistemas mais jovens e distantes
Eli Dwek, astrofisico do Goddard Space Flight Center da NASA , em comunicado de 2013, quando a NGC 6872 foi coroada como a maior galáxia espiral
Essas interações gravitacionais geralmente resultam em uma fusão galáctica. Mas, neste caso específico, de acordo com uma análise dos dados usados para criar a nova imagem composta, os astrônomos suspeitam que a interação entre as duas galáxias está produzindo uma nova.
Em vez de fazer com que a NGC 6872 cresça ainda mais, a interação parece que está espalhando estrelas que poderão vir a se juntar em uma galáxia de porte menor.
Agora, fica o questionamento: quando é que o Telescópio Espacial James Webb vai dar uma olhada neste gigante galáctico?
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