Chuva no Litoral Norte de SP: número de vítimas sobe para 48 

Com quase 60 pessoas desaparecidas, equipes de resgate iniciaram o 4° dia de buscas
Tamires Ferreira22/02/2023 10h28, atualizada em 22/02/2023 12h35
vítimas das chuvas no litoral de SP
vítimas das chuvas no litoral de SP / Reprodução/Defesa Civil de São Sebastião
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De acordo com atualização da Defesa Civil, subiu para 48 o número de mortes após o temporal que devastou o Litoral Norte de São Paulo no último fim de semana. Com ao menos 57 pessoas ainda desaparecidas, equipes de resgate iniciaram nesta quarta-feira (22) o quarto dia de buscas por sobreviventes. 

  • Já são 47 vítimas em São Sebastião e uma em Ubatuba; 
  • As buscas estão concentradas em bairros da costa sul de São Sebastião, como a Vila do Sahy e Juquehy; 
  • Diante do risco de novos deslizamentos de terra, as buscas foram suspensas momentaneamente na terça-feira (21); 
  • Os trabalhos foram retomados a partir das 22h e seguiram pela madrugada; 
  • Além do trabalho de resgate, equipes atuam para desobstruir o acesso por terra nas estradas; 
  • O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), decretou “estado de calamidade” de 180 dias em Ubatuba, Guarujá, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Bertioga. 

Leia mais! 

Após fortes tempestades no final de semana de carnaval, inundações e deslizamentos de terra atingiram o litoral de São Paulo. O cenário de destruição entrou para a história como o maior registro de volume de chuvas do Brasil.  

Imagens assustadoras do município de São Sebastião veiculadas na TV e nas redes sociais mostraram bairros inteiros debaixo d’água, casas destruídas, encostas varridas pela lama, rodovias inundadas e danos jamais vistos em 55 anos — último deslizamento no litoral aconteceu em Caraguatatuba, em 1967. 

Vítimas das chuvas no Litoral Norte de São Paulo
Vítimas das chuvas no Litoral Norte de São Paulo / Reprodução/Folhapress

Em entrevista ao Olhar Digital, a meteorologista da Climatempo Maria Clara Sassaki explicou o fenômeno — cidades do litoral registraram chuvas de quase 700mm, muito mais do que o dobro esperado para todo o mês de fevereiro. A média histórica para o mês fica entre 200 e 300mm na região. Para o engenheiro especialista em riscos e segurança Gerardo Portela, o agravamento das consequências está diretamente ligado às condições precárias de infraestrutura. 

Além das equipes da Defesa Civil que trabalham na busca e resgate das vítimas, as prefeituras e ONGs locais estão desenvolvendo iniciativas e recebendo doações para auxiliar a população com recursos básicos. Veja aqui como ajudar as vítimas da tragédia. 

Via G1

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Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.