Operadoras regionais de internet banda larga do Rio de Janeiro vêm sofrendo com constantes ataques DDoS desde o fim do mês passado. Os ataques vêm gerando lentidão e até interrompendo a conexão de seus clientes. Contudo, há relatos de ocorrências em outros estados brasileiros.

Algumas dessas operadoras vieram a público e comentaram o assunto. Uma delas é a MS Fibra, localizada em Angra dos Reis (RJ). Segundo a operadora, pelo menos 22 provedores já foram afetados.

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Outros provedores também falaram sobre o assunto. A OK Virtual, da Região dos Lagos, confirmou a possível indisponibilidade de seus serviços e registrou aumento nos contatos telefônicos de seus clientes.

A Entra Telecom, de Arraial do Cabo (RJ), indicou que os ataques DDoS estão afetando a operadora que fornece seu link de conexão. A K1 Fibra, que atua em Cachoeiras de Macacu (RJ) e Guapimirim (RJ), alegou que, desde 27 de fevereiro, seu serviço vem apresentando instabilidade.

Por fim, a Voar Telecom, presente em Jaconé (RJ) e Tanguá (RJ), também vem sofrendo com lentidões desde o dia 27. Contudo, vem tendo problemas para achar a localização dos ataques, não sendo capaz de contê-los em sua totalidade.

A Abrint (Associação Brasileira de Internet) espera conseguir auxiliar os provedores entre 15 e 20 dias, mas não se sabe ao certo qual seria a solução a ser adotada.

Como funciona um ataque DDoS e por que ele afeta tanto os pequenos provedores?

O Ataque de Negação de Serviço Distribuído (Distributed Denial of Service, em inglês) se dá pela alta quantidade de solicitações de acesso a um servidor, app ou site realizadas por um ou mais hackers, com o objetivo de deixá-los lentos ou, até, derrubá-los. Os dispositivos utilizados pelos atacantes costumeiramente têm um malware consigo.

Os DDoS são executados para diversos fins, desde “apenas” para interromper um serviço online, até roubar informações confidenciais e até exigir um resgate. Interesses políticos e comerciais também podem motivar a ação.

Os pequenos provedores, como os do Rio de Janeiro, são muito importantes para a popularização da banda larga no Brasil. Eles representam metade dos acessos dos brasileiros, chegando a regiões nas quais as grandes operadoras não chegam.

O problema é que, como costumam comprar links das principais operadoras, eles sofrem com pouca disponibilidade de endereços IPv4, o que facilita aos atacantes a realizar o DDoS a escassez desses endereços força os provedores a compartilharem um IPv4 com mais de um cliente, prática essa chamada de CGNAT. Grandes operadoras, como Claro, Vivo e TIM, não sofrem com este problema, por terem grandes blocos de endereços IPv4.

Com informações de Multiplix

Imagem destacada: Frame Stock Footage/Shutterstock

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