Observações feitas por satélites da agência europeia de monitoramento ambiental Copernicus, revelaram que o gelo sobre o mar da Antártica reduziu para uma baixa recorde em fevereiro. 

As medições revelaram que apenas 66% das plataformas de gelo marinho, que geralmente são detectadas no verão, estavam presentes no mês passado. As observações são feitas desde 1979, e o último recorde havia sido quebrado em 2017.

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Os satélites Sentinel observaram a baixa na média de gelo marinho em todas as regiões do Mar Glacial Antártico. 

Nossos dados mais recentes mostram que o gelo marinho da Antártica atingiu sua menor extensão no registro de dados de satélite de 45 anos. Essas condições de gelo marinho baixo podem ter implicações importantes para a estabilidade das plataformas de gelo da Antártica e, finalmente, para o aumento global do nível do mar. As calotas polares são um indicador sensível da crise climática e é importante monitorar de perto as mudanças que ocorrem lá.

Samantha Burgess, vice-diretora da Copernicus, em comunicado

Um anúncio anterior do US National Snow & Ice Data Center sobre o gelo marinho antártico havia revelado que o menor valor diário também bateu recorde em 13 de fevereiro, com redução de cerca de 1,9 milhão de quilômetros quadrados de plataforma. O degelo, no entanto, começou antes da hora. Geralmente as menores taxas acontecem entre os dias 18 de fevereiro e 03 de março

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Fevereiro mais quente

A Antártica é mais resistente à perda de gelo ocasionada pelas mudanças climáticas do que o Ártico. No entanto, segundo o The Guardian, a justificativa para uma maior taxa de perda de gelo é porque ventos fortes atingiram a região na primavera, o que acelera o degelo.

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Ainda assim, os cientistas alertam sobre as consequências da perda de gelo na Antártica, já que é na região sul que se encontram os maiores volumes de água congelada que realmente podem contribuir para um elevado aumento do nível do mar. 

Fevereiro de 2023 foi o quinto fevereiro mais quente do mundo. Além da perda de gelo na Antártica, ele também resultou em mudanças em outras partes do globo, como temperaturas mais altas no leste dos EUA, norte da Rússia, Paquistão e Índia, e mais frias no nordeste da Rússia, na Turquia e no norte da Austrália.

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