Carro flex completa 20 anos de estrada no Brasil; saiba mais sobre a tecnologia

Os primeiros modelos começaram a chegar em março de 2003
Por Gabriel Sérvio, editado por Bruno Capozzi 17/03/2023 12h38, atualizada em 17/03/2023 14h28
VW Gol 1.6 Total Flex 2003
Imagem: Divulgação/Volkswagen
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O primeiro carro com motor flex foi lançado em 2003 e chegou com a proposta de oferecer algumas vantagens ao motorista. Uma delas é a opção de poder abastecer com o combustível mais em conta do momento ou até rodar com gasolina e etanol juntos sem problema.

Até então, quem estava interessado em comprar um carro, era obrigado a escolher entre duas opções: os movidos a gasolina ou álcool, ou seja, a chegada da nova motorização representou um avanço tecnológico importante na época para a indústria automotiva nacional.

Duas décadas mais tarde, o carro flex acabou se firmando como o “queridinho” dos brasileiros. Para ter uma ideia, já são 40 milhões registrados até fevereiro de 2023, revela os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Confira um pouco da história e como essa tecnologia funciona.

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Qual foi o primeiro carro flex do Brasil?

A Volkswagen deu o pontapé inicial, desenvolvendo uma nova injeção eletrônica flex em parceria com a Bosch e a Marelli. Os primeiros modelos começaram a chegar em março de 2003 com IPI reduzido, um estímulo adotado pelo governo para incentivar a adoção da novidade. 

O estreante da categoria foi justamente da VW, o Gol 1.6 ‘Total Flex’, que ditou tendência e logo ganhou a companhia de concorrentes de peso, como o Chevrolet Corsa 1.8 ‘FlexPower’, Fiat Palio 1.3 e Ford Fiesta 1.6.

O primeiro carro flex do Brasil foi o Gol.
O primeiro carro flex do Brasil foi o Gol. Imagem: Divulgação/Volkswagen

Como funciona um motor flex?

Um sistema flex precisa de alguns componentes para funcionar. Um deles é a sonda lambda, que “lê” e controla o uso e proporção correta dos combustíveis em tempo real. Já a central eletrônica da injeção, por sua vez, ajusta a abertura dos bicos e o ponto de ignição conforme a mistura que está no tanque.

Uma mudança notável que aconteceu no meio do caminho foi a troca do “tanquinho” de gasolina embaixo do capô (uma “ajudinha” extra para dar partida nos dias mais frios) por um sistema que aquece os bicos injetores e cumpre a mesma função. A Volkswagen também foi a precursora da novidade em 2009 no Polo ‘E-Flex’.

Atualmente, 83% dos veículos novos vendidos são flex e o segmento responde por quase 90% da frota de automóveis e comerciais leves nas estradas do Brasil.

Está de olho em um carro novo, aproveita e confira ainda a nossa lista de modelos mais econômicos em 2023.

Imagem principal: Divulgação/Volkswagen

Com informações do Motor1 e KBB

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.