O ciclone Freddy fez um verdadeiro estrago na costa sudeste da África, deixando mais de 400 mortes. A tempestade se formou no início de fevereiro e cruzou todo Oceano Índico, atingindo a costa três vezes. Com isso, esse pode ter sido o fenômeno mais duradouro e energético da história.

  • A tempestade ganhou o nome de Freddy no dia 6 de fevereiro, após se formar na costa norte da Austrália;
  • Ele cruzou todo sul do Oceano Índico até chegar em solo no dia 21 de fevereiro na ilha de Madagascar;
  • Depois disso, ele seguiu seu caminho para o oeste e atingiu Moçambique em 23 de fevereiro;
  •  Após o evento, ele voltou para o mar quase passou por Madagascar novamente até voltar para o continente;
  • Ele chegou de novo em Moçambique no dia 11 de março e dessa vez atingiu junto Malawi e Zimbabue.

Agora, o ciclone Freddy está se encaminhando novamente para o oceano, onde os meteorologistas acreditam que ela vá se dissipar. Ao todo, a tempestade já percorreu mais de 8 mil quilômetros, de acordo com Associação Meteorológica Mundial (WMA).

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Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), o ciclone resultou em pelo menos 149 mortes e 19 desaparecidos, com os números de mortos provavelmente podendo aumentar.

Nas regiões onde passou, o fenômeno causou inundações, deslizamentos de terra e desabrigou milhares de pessoas. Além disso, a tempestade também piorou o surto de cólera que o Malawi tem passado. Em Moçambique, Freddy trouxe o dobro de chuva esperada para o ano todo.

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Ciclone mais energético e duradouro

Tufões que se formam no Oceano Pacifico, furacões que se formam sobre o Atlântico e ciclones que se formam sobre o hemisfério sul são chamados de ciclones tropicais, e Freddy provavelmente é o mais duradouro da história. Ainda é necessário confirmação, mas a tempestade que atingiu o sudeste da África já dura pelo menos 35 dias. Até então, o título pertencia ao tufão John, que durou 31 dias sobre o Pacifico.

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Outro recorde que o Freddy quebrou foi o de ciclone tropical mais energético. Para medir a quantidade de energia liberada por um ciclone, os cientistas usam o índice de energia ciclônica acumulada (ACE), que avalia a velocidade do vento ao longo do tempo. No dia 23 de fevereiro, o fenômeno já possuía um ACE de 66, o que fazia dele o mais energético do hemisfério sul.

No entanto, no domingo, 12 de março, o The Washington Post constatou que o Freddy estava atingindo índices de 86 ACE, passando a frente furacão Ioke, que em 2006 teve 82,5 de ACE e se tornando o ciclone tropical mais energético da Terra na época.

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Os meteorologistas da  Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) acreditam que o responsável por fortalecer o ciclone Freddy e aumentar sua duração foi o La Niña, fenômeno que esfria grandes áreas dos oceanos e que já se encontra em seu terceiro ano. 

Alguns especialistas também suspeitam que a responsável pelo tempo que a tempestade tem durado são as mudanças climáticas, no entanto segundo a WMA ainda é muito cedo para relacionar eles.

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