- Bateria para quase dois dias
- Acabamento bonito e robusto
- Tela com 90 Hz
- Desempenho bacana
- Dificuldade para foco em fotos noturnas
- Sem 5G
O Moto G23 é a versão mais recente de um dos celulares econômicos da Motorola, ao menos para a primeira metade de 2023. Ele entrega tela de 6,5 polegadas, câmera de 50 megapixels e processador para lidar bem com o básico do Android 13 que vem instalado de fábrica.
Ele chega ao mercado prometendo resolver problemas encontrados na geração anterior, levantando a experiência do usuário para ir um pouco além do mais simples para quem busca o Android. Será que ele faz isso? O Moto G23 conseguiu evoluir? Eu passei as últimas semanas com este celular no bolso e conto minha experiência nos próximos parágrafos.
Moto G23 é firme e forte nas mãos
Um ponto sempre deixado de lado quando o assunto envolve celular bem econômico é o acabamento, mas este não é o caso no Moto G23. O smartphone pega emprestado parte do visual adotado em modelos mais caros da linha Edge e faz algumas matemáticas mais agressivas para fechar a conta, mas ainda assim continua bonito e robusto.
![Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/moto-g23-costas-1024x576.jpg)
A traseira é feita em plástico, mas com toque mais áspero e com pouco brilho, deixando este deleite de luzes refletidas para a área onde ficam as câmeras. Com isso, elas ganham mais destaque e também ficam protegidas quando o usuário coloca o celular em uma superfície plana.
No final do dia, o Moto G23 parece mais formal do que informal, um caminho bem diferente de quando a Motorola começou essa linha de intermediários na década passada. Mas, mesmo assim, eu gostei do resultado.
Na frente temos um display LCD de 6,5 polegadas, com resolução HD+, mas que entrega atualização de 90 Hz. Eu reclamo de poucos pixels, mas a velocidade em que são exibidos compensa esta parte chata do meu comentário.
![Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/moto-g23-tela-1024x576.jpg)
Olhando para o conteúdo, as cores são reproduzidas de acordo com um celular mais simples. Elas ficam um pouco abaixo do limite da própria tecnologia LCD e isso é bom, mas eu me incomodo com os ângulos de visão, até por conta da presença de painel IPS que, em tese, aumenta a capacidade dele ser visto mais de lado.
Por outro lado, o brilho foi forte o suficiente para não deixar a tela completamente opaca quando a luz solar estava bem por cima, no meio dia.
Fotos boas, mas de noite com miopia
![Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/moto-g23-camera-1024x576.jpg)
As câmeras do Moto G23 fazem um trabalho bacana quando você tira fotos de locais bem iluminados. Eu não notei muitos artifícios comuns quando o software bate forte no sensor para ter um resultado melhor do que ele seria capaz de entregar.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230224_131542-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230224_133635-1024x771.jpg)
A câmera principal, com seus 50 megapixels, registra cores sem degradê errado do céu ensolarado e não exibe tanto ruído assim. O tempo necessário para cada foto não incomoda e nem te obriga a ficar sem respirar por longos segundos.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230224_141241-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera ultrawide do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230224_141246-1024x768.jpg)
A lente secundária faz ultrawide, tem apenas 5 megapixels e isso representa uma quantidade de detalhes consideravelmente inferior ao sensor principal. Neste momento, quando mais imagem é captada, a resolução é pequena demais. Pontos menores ficam perdidos e o software entra com mais força neste momento, resultando em locais com menor foco.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230224_141847-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera ultrawide do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230224_141849-1024x768.jpg)
Mas, no geral, se você está em um ambiente bem iluminado, vai sair com fotos bacanas para as redes sociais. O problema aparece de noite, quando a quantidade de luz está dentro do esperado para um celular simples, mas a dificuldade no foco não.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_014038-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_014045_NV-1024x771.jpg)
A maior parte das minhas fotos simplesmente parece minha visão sem óculos, que corrige a miopia. Nas últimas partes do teste eu acabei sempre tocando no centro da interface da câmera para tentar garantir o foco, mas foram poucos registros corretos.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_190451-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_190508_NV-1024x771.jpg)
O modo noturno manual corrige parte deste problema e aumenta bastante a quantidade de luz, resolvendo também pontos mais estourados das lâmpadas ou das janelas em um prédio. Em registros com a lente ultrawide, a exposição mais longa é uma obrigação para fotos boas durante a noite.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_193358-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_192135-1024x771.jpg)
Ah, sim, tem um sensor de 2 megapixels para macro, mas esqueça que ele está lá. O resultado não é bacana – e em nenhum celular com resolução tão baixa para uma câmera.
![Foto com a câmera principal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230302_172213_HDR-1024x771.jpg)
![Foto com a câmera frontal do Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMG_20230225_203600-1024x768.jpg)
Desempenho bom
Se em câmeras a sensação é de escorregões aqui e ali, no desempenho o Moto G23 lida muito bem com a situação. Ele conta com um chip Mediatek Helio G85 e no Brasil chegou apenas em versão de 4 GB – lá fora ele é encontrado com o dobro de RAM, em 8 GB.
Mesmo menos forte, o chip da empresa taiwanesa garante aplicativos abrindo de forma praticamente instantânea. Eu encontrei alguns poucos engasgos durante o uso, mesmo em um scroll mais veloz de rede social, ou em um game mais leve.
Outro ponto que me prendeu a atenção foi como o Moto G23 lidou bem com jogos, sem esquentar muito o corpo. Pode ser um trabalho bacana da Mediatek ou uma solução eficiente da Motorola para lidar com o calor – ou então uma combinação destes dois fatores. No final das contas isso significa mais conforto para segurar o celular nas mãos.
![Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/moto-g23-interface-1024x759.jpg)
Tudo isso controla o Android 13 com a interface da Motorola por cima, muito conhecida por entregar uma experiência de sistema operacional mais leve e pura. Ela chega com melhorias pontuais, como atalhos para abrir a câmera ou ligar a lanterna, indo até um toque com três dedos na tela para capturar o que está em exibição.
Mas que bela bateria hein Motorola?!
Eu me impressionei com quanto tempo consegui ficar com o Moto G23 antes dele reclamar que tinha pouca energia. No tanque temos 5.000 mAh e essa é a mesma quantidade de carga que existe em celulares muito mais caros e completos. Com isso, saiba que a autonomia é longa por aqui viu.
Consegui mais de um dia e isso significa duas horas de podcasts, três horas assistindo vídeo no YouTube, meia hora jogando alguma coisa 3D, um bom tempo tentando encontrar um endereço no Google Maps e um bocado de rede social nesse bolo. Eu fechei o dia com 40% de energia sobrando ainda.
![Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/moto-g23-carregador-1024x576.jpg)
Se você eliminar os jogos e assistir menos vídeos, eu imagino que seja possível terminar o segundo dia com uma só carga. Falando nela, o carregador incluso na caixa entrega 20 watts, mas a bateria permite entrada de 30 watts. Com o que temos para hoje (20 watts), eu precisei de quase 1h40 na tomada para sair de 0 e ir até 100% de energia.
Moto G23: vale a pena?
Depois de escrever tantos parágrafos e resumir minhas semanas de teste, eu considero que o Moto G23 é um celular competente para quem busca um intermediário bem simples. Ele tem corpo bem acabado, robusto e bonito, faz fotos bacanas de dia e precisa de óculos de noite, entregando ainda autonomia invejável na bateria.
![Moto G23 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/03/moto-g23-fim-1024x576.jpg)
O desempenho está dentro do esperado, sem surpreender, mas ele esquentar pouco foi algo que me chamou a atenção. O único ponto que teimo em considerar com a Motorola é a política de atualizações, que neste caso só levará o Moto G23 até o Android 14, que já está em testes e deve ser lançado em meados do segundo semestre deste ano – a gente já tá na metade do primeiro.
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Desempenho9.0
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Design9.0
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Câmeras8.0
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Bateria10.0
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Sistema/Interface8.0
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Tela7.0
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Conectividade7.0
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Resistência7.0
Moto G23: ficha técnica
Tela: | IPS LCD de 6,5 polegadas 1.600 x 720 pixels 90 Hz Brilho máximo de 400 nits |
Processador: | Mediatek MT6769Z Helio G85 (12nm) Octa-core (2×2,0 GHz Cortex-A75 e 6×1,8 GHz Cortex-A55) |
GPU: | Mali-G52 MC2 |
RAM: | 4 GB |
Armazenamento: | 128 GB |
Câmeras traseiras: | Principal: 50 MP f/1.8 Ultrawide: 5 MP f/2.2 Macro: 2 MP f/2.4 |
Câmera frontal: | 16 MP f/2.5 |
Sistema Operacional: | Android 13 |
Conexões: | Wi-Fi 5 (2,4 GHz e 5 GHz) Bluetooth 5.1 (A2DP, LE) USB-C (2.0) NFC Ráfio FM GPS, GLONASS, GALILEO |
Bateria: | 5.000 mAh Carregamento rápido de 30 watts |
Outros: | Leitor de impressões digitais (lateral) |
Dimensões: | 162,7 x 74,7 x 8,2 mm |
Peso: | 184 gramas |
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