Prós
  • Acabamento de primeira
  • Tela excelente
  • Fotos muito boas
  • Carregador na caixa
Contras
  • Lente macro poderia ser teleobjetiva
  • Esquenta com facilidade

O Galaxy A54 é um dos celulares mais completos para quem busca um intermediário da Samsung e não está interessado em entrar de vez no mundo dos aparelhos topo de linha. Ele traz tela Super AMOLED com 6,4 polegadas, atualização de 120 Hz para o display e entrega corpo com o mesmo alinhamento de câmeras do Galaxy S23.

Por dentro um chip Exynos 1380 faz o trabalho esperado para um intermediário e a quantidade de RAM está marcada em 8 GB, com a possibilidade de expansão para aumentar a longevidade do celular nas mãos do dono. As câmeras prometem a mesma desenvoltura em imagens noturnas que estão lá nos Galaxy S23, mas será que ele entrega isso tudo?

Leia também

Eu passei a última semana com o Galaxy A54 nas mãos e conto minha experiência neste review.

publicidade

Por fora é quase um Galaxy S23

É impossível não comparar a semelhança física do Galaxy A54 com o Galaxy S23. Os dois celulares utilizam tela plana, ambos colocam um visual mais arredondado nos cantos e entregam um conjunto de câmeras com lentes bem saltadas na parte traseira, além de um notch na frente para as selfies.

Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

As diferenças começam no flash em lâmpada de LED mais para baixo no Galaxy A54, a tampa traseira sem a textura fosca e áspera do Galaxy S23 e as bordas da tela mais protuberantes no modelo mais simples desta dupla. Tudo isso você só nota quando tem os dois nas mãos.

Enfim, voltando para o modelo deste review, o Galaxy A54 entrega tela Super AMOLED com 6,4 polegadas, atualização marcada em 120 Hz e resolução Full HD+. Mesmo mais grossas do que as bordas do Galaxy S23, neste modelo elas ainda são finas e dão a sensação de que nem existem – se você utilizar um papel de parede escuro, faz com elas desapareçam.

Eu gostei desta uniformidade de identidade visual, mas me incomodou o calombo das lentes, como não me agradou no Galaxy S23. Ele fica muito saltado e a sensação é que o vidro destes componentes será riscado em pouco tempo, além de impedirem que o celular fique liso quando está deitado em um local plano – como a mesa.

Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

No geral, a pegada é confortável e eu adorei a presença de vidro na parte traseira, no lugar do tradicional plástico dos Galaxy A. Dá um toque mais sofisticado, sabe?

Olhando para a tela, ela é o que você espera de um Super AMOLED e isso significa uma das melhores opções dentro do segmento intermediário. As cores são ricas sem exageros, ângulos de visão também são ótimos, o brilho é elevado para leitura em qualquer condição de luz e os 120 Hz fazem os jogadores adorarem as animações mais fluidas.

Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Fotos boas para um intermediário

Se tem uma frase que traduz muito bem o que o Galaxy A54 pode fazer com as câmeras é: fotos muito boas. No geral quem busca uma câmera boa para quase todas as situações, vai encontrar o que procura neste celular.

Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Imagens com muita luz saem literalmente sem qualquer ruído, eu não encontrei problemas na reprodução do degradê do céu ensolarado e o contraste estava lidando bem com tudo. O alcance dinâmico também me deixou animado, trabalhando muito bem áreas muito claras e expondo as mais escuras de uma mesma imagem.

Foto com a câmera ultrawide do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Por aqui persiste a mudança na temperatura de cor quando você sai da lente principal e vai para a ultrawide, onde a primeira tem tons mais frios (azulados) e a secundária sempre reforça os quentes (amarelos). Este é um dilema praticamente garantido do Android e presente até em concorrentes, como os aparelhos da Motorola, Asus e Xiaomi, mas não no iPhone.

Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A assinatura de fotos bem saturadas continua por aqui, mas eu gosto de registros mais vivos e a Samsung diz que a maior parte dos usuários pensa a mesma coisa. De qualquer forma, é possível alterar a intensidade de cores nos ajustes do app de câmera e reduzir, se você preferir assim.

Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Assim como no Galaxy S23, no Galaxy A54 existem dois modos noturnos. O primeiro é automático e sempre vai aparecer em locais menos iluminados, exigindo um ou dois segundos de respiração travada para garantir a maior quantidade de luz possível. Já o outro só entra de forma manual e quase duplica o tempo de exposição.

Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Os resultados com o automático me agradaram bastante, resolvendo boa parte do ruído, mas ele ainda deixa luzes estouradas. A imagem não fica feia e nem pouco iluminada, longe disso, mas é que o segundo modo resolve este problema e aumenta ainda mais a quantidade de luz na cena.

Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Fica melhor sim, mas ela exige mais tempo de mãos firmes. Mais que um Galaxy S23, por exemplo. Ah, claro, as câmeras do Galaxy A54 contam com 50 megapixels para a lente principal, 12 megapixels para ultrawide e 5 megapixels para macro, que não faz fotos tão boas assim.

Foto com a câmera frontal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Quebra o galho, mas eu trocaria essa lente por uma teleobjetiva.

Por dentro o Galaxy A54 esquenta a cabeça

A Samsung escolheu o Exynos 1380 para estar dentro deste celular e ele é competente na hora de garantir desempenho condizente com um intermediário mais forte. Para o cotidiano, que envolve redes sociais, jogos não tão pesados, navegação por sites e um uso de Waze da vida, este chip faz tudo abrir de forma instantânea e não deixa engasgar.

Se na hora de deixar tudo rodando o chip do Galaxy A54 não faz feio, eu senti uma pequena dificuldade dele quando o assunto é carga pesada por mais tempo. Entenda isso dentro de um jogo, que exige bastante do hardware por longos períodos. O Exynos 1380 não chegou a engasgar, mas ele esquentou e não foi pouco.

Não chegou a queimar as mãos, longe disso, mas eu senti o celular bem quente e isso significa que o desempenho deve sofrer depois de um tempo assim. Isso acontece como precaução, para que o chip não fique superaquecido. Joguei Genshin Impact por mais de uma hora e eu notei a taxa de quadros por segundo diminuindo logo nos primeiros 20 minutos.

One UI 5.1 com Android 13 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
One UI 5.1 com Android 13 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Tirando essa parte, a One UI 5.1 vem de fábrica e ela está acima do Android 13. Ela tem os mesmos recursos do Galaxy S23, como grande customização de cores para quase toda interface, editor de fotos capaz de remover pessoas e objetos da cena e o RAM Plus, que empresta alguns GB para aumentar a quantidade de memória RAM.

Tudo continua bem executado, com interface limpa e organizada. Uma vantagem do Galaxy A54 sobre o S23 é que por aqui existe a possibilidade de aumentar a memória com um cartão microSD.

Por fim, o Android será atualizado por quatro anos e receberá correções de segurança por cinco anos. Com isso, o Galaxy A54 rodará até o Android 17 e as brechas serão resolvidas até 2028.

Bateria dentro do esperado

No Galaxy A54 são 5.000 mAh e isso é bom sinal, já que ele está dentro do padrão para um intermediário. A quantidade de energia foi suficiente para alimentar meu uso por um dia inteiro e isso envolveu duas horas de podcast, três horas assistindo vídeo no YouTube, meia hora de jogos, navegação em redes sociais por mais uma hora e algum GPS do Google Maps.

Carregador de 15 watts vem na caixa (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Carregador de 15 watts vem na caixa (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Se em bateria o celular não faz feio, em carregamento eu achei pouco ter 25 watts entrando. Concorrentes intermediários como o Realme 10 e o Xiaomi Poco X5 liberam a porta para 33 watts, o Moto G73 também faz perto disso. Pior: na caixa o carregador do Galaxy A54 só envia 15 watts, o que deixa a recarga dele ainda mais lenta – carregador mais rápido precisa ser comprado separadamente.

Galaxy A54: vale a pena?

Olha, eu gostei bastante do que vi e experimentei por uma semana. O Galaxy A54 tem corpo sólido, bonito e faz boas fotos de dia ou de noite, entrega desempenho condizente com a concorrência do mesmo segmento, mas ele chegou caro no Brasil.

Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy A54 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O preço sugerido dele é de R$ 2.899 para a versão com 128 GB e R$ 3.399 para dobrar a memória, chegando em 256 GB. Com este montante você pode achar fácil o Galaxy S21 FE no mercado e ele entrega mais. O preço desta geração do intermediário já está R$ 600 abaixo do valor de lançamento da versão passada, o que é ótimo em um mercado que pouco evolui.

Mesmo assim, eu acredito que o Galaxy A54 vai fazer mais sentido quando ele perder uns R$ 500 do valor sugerido. Por enquanto, se você quer um Samsung potente, vá de Galaxy S21 FE.

Nossa avaliação
Nota Final
9.1
  • Desempenho
    8.0
  • Design
    9.0
  • Câmeras
    9.0
  • Bateria
    8.0
  • Sistema/Interface
    10.0
  • Tela
    10.0
  • Conectividade
    10.0
  • Resistência
    9.0

Galaxy A54: ficha técnica

Tela:Super AMOLED de 6,4 polegadas
2.340 x 1.080 pixels
120 Hz
Brilho máximo de 1.000 nits
Processador:Exynos 1380 (5 nm)
Octa-core (4×2,4 GHz Cortex-A78 & 4×2,0 GHz Cortex-A55)
GPU:Mali-G68 MP5
RAM:8 GB
Armazenamento:128 GB
256 GB
Câmeras traseiras:Principal: 50 MP f/1.8
Ultrawide: 12 MP f/2.2
Macro: 5 MP f/2.4
Câmera frontal:32 MP f/2.2
Sistema Operacional:Android 13 com One UI 5.1
Conexões:Wi-Fi 6 (2,4 GHz e 5 GHz)
Bluetooth 5.3 (A2DP, LE)
USB-C (2.0)
NFC
GPS, GLONASS, BDS, GALILEO
Bateria:5.000 mAh
Carregamento rápido de 25 watts
Outros:Leitor de impressões digitais sob a tela (óptico)
Dimensões:158,2 x 76,7 x 8,2 mm
Peso:202 gramas

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!