Nesta terça-feira (28), a Lua, horas antes de entrar em sua fase crescente, vai finalizar sua “turnê mensal” de março pelos planetas do Sistema Solar. Logo pela manhã, ela vai compartilhar a mesma ascensão reta com Marte, aparecendo bem próximo a ele no céu – um fenômeno conhecido como conjunção. 

Do ponto de vista de um observador baseado em São Paulo, isso vai acontecer às 10h15 da manhã – ressaltando que todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília. No entanto, a dupla não estará visível nesse momento, pois ambos estarão abaixo da linha do horizonte.

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Projeção mostra Marte e Lua bem próximos, minutos depois de atingirem o ponto mais alto no céu desta terça-feira (28). Imagem: Stellarium

Ao mesmo tempo, ocorre o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.

O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

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De acordo com o site In-The-Sky.org, a dupla só estará visível a partir das 12h32, atingindo seu ponto mais alto no céu por volta das 18h, 38° acima do horizonte a norte. Eles ficarão inacessíveis a partir das 23h. (Os horários variam um pouco conforme a sua localização).

Ainda segundo o guia astronômico, a Lua estará em magnitude de -11.7, enquanto Marte terá uma taxa de 0.9, ambos na constelação de Gêmeos. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

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O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com um par de binóculos.

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Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol e talvez um dos mais destacados do céu noturno devido à sua famosa tonalidade vermelha. A cor se deve à presença de minerais ricos em óxido de ferro na poeira que cobre sua superfície.

A Lua, por sua vez, está no fim de sua “turnê mensal” pelos planetas. Antes de Marte, ela visitou Vênus (24) e Júpiter (22). Essa série de conjunções ocorre em razão da Lua orbitar a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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