Como se sabe, o Sol é o maior objeto do Sistema Solar. No entanto, em comparação a outras estrelas da Via Láctea, ele não chega nem perto do topo do ranking de tamanho. A gigante vermelha Betelgeuse, por exemplo, é 700 vezes maior que ele e 14 mil vezes mais brilhante.

Embora seja o maior objeto da nossa vizinhança planetária, o Sol não está entre as maiores estrelas da Via Láctea. Imagem: Aphelleon – Shutterstock

Desde crianças, quando vamos desenhar o Sol, começamos fazendo um círculo. Mas, na verdade, o astro não é perfeitamente redondo – é quase. Seu diâmetro equatorial e seu diâmetro polar diferem em apenas 10 km. Com um raio médio de 696 mil km, o diâmetro é calculado em quase 1,4 milhão de km (especificamente, 1.392.000).

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De acordo com a NASA, esses números significam que se poderiam alinhar 109 Terras em toda a face do Sol, que tem um total de 4.370.006 km de circunferência. E se ele fosse oco, caberiam dentro mais de um milhão de planetas do tamanho do nosso.

Como os astrônomos calculam essas medidas?

Segundo o site Space.com, algumas características são obtidas mais diretamente, outras menos. Por exemplo, a distância em relação à Terra, chamada Unidade Astronômica (UA), é medida por ondas de radar direcionadas a um planeta em uma posição favorável de sua órbita (por exemplo Vênus, quando ele e a Terra estão do mesmo lado do Sol e alinhados com o astro). 

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Diferentemente do que se pensa, o astro rei não é amarelo, e sim, branco. Imagem: Observatório de Dinâmicas Solares (SDO)/NASA

Já o tamanho real da nossa estrela é obtido a partir de seu tamanho angular e de sua distância. A massa pode ser medida a partir do movimento orbital da Terra, ou de qualquer outro planeta, usando a terceira lei de Kepler (num referencial fixo no Sol, o quadrado do período de revolução de um planeta ao redor dele é proporcional ao cubo do semi-eixo maior da elipse que representa a órbita do planeta). Sabendo, então, a massa e seu raio, temos a densidade média.

Outras características são determinadas a partir de modelos. Por exemplo, a equação de equilíbrio hidrostático, que permite determinar a pressão e a temperatura no centro da estrela, supondo que elas têm que ser extremamente altas para suportar o peso das camadas mais externas.

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Obviamente, todos os dados são estimativas. Xavier Jubier, pesquisador de eclipses, cria modelos detalhados de eclipses solares e lunares para determinar com precisão onde a sombra da Lua cairia durante um eclipse solar. No entanto, quando ele combinou fotos reais e observações históricas com os modelos, descobriu que as formas precisas do eclipse só faziam sentido se ele aumentasse o raio do Sol em algumas centenas de quilômetros.

Mesmo dados de missões espaciais, como o Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, alinhados com medições dos planetas internos em toda a face do Sol não refinam seu raio com a precisão desejada.

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“É mais difícil do que você apenas colocar uma régua nessas imagens e descobrir o quão grande é o Sol. O SDO não tem precisão suficiente para cravar isso”, disse o pesquisador da NASA Ernie Wright. “Da mesma forma, com os trânsitos de Mercúrio e Vênus. Uma medição baseada neles não é tão precisa quanto gostaríamos que fosse”. Segundo Wright, artigos distintos usando uma variedade de métodos produziram resultados que diferem em até 1.500 km. 

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Estrela binária que se separou ou carreira solo desde o início?

O Sol é classificado como uma estrela do tipo G – também chamada de estrela anã G ou anã amarela (embora, como outras estrelas do tipo G, ele seja, na verdade, branco, aparecendo amarelo através da atmosfera da Terra).

Geralmente, as estrelas ficam maiores à medida que envelhecem. Os cientistas estimam que em cerca de 5 bilhões de anos, o Sol começará a usar todo o hidrogênio em seu centro, inchando em uma gigante vermelha para se expandir além da órbita dos planetas internos, incluindo a Terra. O hélio ficará quente o suficiente para queimar em carbono e formar oxigênio. Esses elementos,então, se acumularão no centro do Sol.

Mais tarde, o astro ejetará suas camadas externas, formando uma nebulosa planetária e deixando para trás um núcleo morto de carbono e oxigênio – uma estrela anã branca muito densa e quente, do tamanho da Terra.

Embora o Sol seja uma estrela típica em diversos aspectos, ele tem uma qualidade que se destaca da maioria – é um ser solitário. A maioria das estrelas tem uma companheira, com alguma parte de um sistema triplo ou mesmo quádruplo.

No entanto, algumas linhas defendem que essa carreira solo pode não ter sido sempre assim. Pesquisas sugerem que o companheiro do Sol pode ter sido um binário largo, localizado até 17 vezes mais distante do Sol do que Netuno, se tornando mais fácil de desgarrar.

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