Pesquisadores resolveram explorar a neurociência para descobrir porque algumas memórias são mais fortes que outras. Para isso, alguns ratos foram submetidos a jogos de realidade virtual – enquanto os profissionais monitoravam o funcionamento cerebral desses animais.

O estudo, publicado na revista Cell, revelou que uma região do cérebro que não é ligada à retenção de memória pode desenvolver uma função fundamental na decisão do que é lembrado a longo prazo.

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O estudo funcionou da seguinte forma:

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  • Os ratos foram colocados sob bola de isopor com flexibilidade para decidir para onde guiar a realidade virtual;
  • No percurso, os animais foram recebidos com elementos distintos, entre eles: água com açúcar ilimitada ou em pouca quantia, ou sopro de ar no rosto;
  • Alguns sinais, como sons e cheiros, foram usados como pistas de quais recompensas estariam à frente. No decorrer do trajeto, os ratos aprenderam a se mover mais depressa quando a recompensa fosse positiva (como a água com açúcar ilimitada) ou a serem mais cautelosos quando os sinais do caminho que levaria ao sopro de ar estivessem em evidência.
  • Durante o experimento, os pesquisadores analisaram como inibir ou ativar diferentes partes do cérebro e como elas influenciam no desempenho. Quando inibiram o hipocampo, eles não conseguiram aprender as rotas de RV e como as melhores recompensas, tanto a curto quanto a longo prazo. Já quando inibiram o tálamo anterior, atrapalharam a memória de longo prazo dos ratos. Confira o vídeo:

É provável que você se lembre do que teve no seu aniversário porque é mais gratificante para você – todos os seus amigos estão lá, é emocionante – em comparação com apenas um jantar típico, que você pode se lembrar no dia seguinte, mas provavelmente não um mês depois.

 Andrew Toader, um dos líderes do estudo

“O tálamo se estabelece aumentando gradualmente as interações de longo alcance com o córtex para estabilizar essas memórias para armazenamento a longo prazo”, explicou a autora sênior Priya Rajasethupathy, neurocientista da Rockefeller.

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“Achamos que algo, como adrenalina ou dopamina, pode estar ajudando o tálamo a dizer: ‘Ok, essa memória é importante para mim, isso não é tão importante’. E ainda não entendemos o quão pontuado ou contínuo é o processo de estabilização da memória, se ele ocorre em uma ou algumas etapas ou evolui continuamente ao longo da vida”, complementou.

Com informações de IFLScience

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Imagem destacada: Divulgação

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