No último domingo (2), o helicóptero Ingenuity, da NASA, voou pela 49ª vez em Marte, subindo mais alto do que nunca e a uma velocidade jamais atingida. 

Segundo o relatório da missão, o drone de 1,8 kg subiu 16 metros do solo, percorrendo uma distância de 282 metros, a 23,4 quilômetros por hora, durante 142,7 segundos.

publicidade

Nos 49 voos realizados em dois anos de missão, o Ingenuity permaneceu no ar por um total de 86,7 minutos e percorreu 11,2 km de solo do Planeta Vermelho.

A princípio, a intenção da equipe responsável pelo equipamento era de que ele fizesse cinco sobrevoos demonstrativos, para provar que a exploração aérea de Marte é possível mesmo com a fina atmosfera do planeta. No entanto, com o sucesso da empreitada, a missão foi estendida, e Ingenuity está prestes a superar em 10 vezes as expectativas iniciais.

publicidade

Leia mais:

Navegador do rover Perseverance em Marte

Em fevereiro de 2021, o Ingenuity pousou com o rover Perseverance na Cratera Jezero, região de aproximadamente 45 km de largura que, segundo estudos, hospedou um lago e um delta de rio bilhões de anos atrás. Isso a torna um local propício para o rover, que caça sinais de vida e armazena amostras de solo marciano para análise.

publicidade

Durante sua missão estendida, o helicóptero Ingenuity está fazendo um trabalho de exploração para o “Percy”, ajudando a equipe da missão a planejar rotas e escopos de potenciais alvos científicos. 

E o trabalho do pequeno drone também está lançando as bases para feitos aéreos marcianos ainda maiores no futuro.

publicidade

Segundo os engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, existem planos para sucessores maiores e mais potentes para explorar Marte de forma autônoma. Todas as comunicações do helicóptero Ingenuity com a Terra (e vice-versa) passam pelo Perseverance. “A esperança é que um futuro helicóptero de Marte possa voar quilômetros sem amarras a um rover e carregar seus próprios instrumentos científicos”, disse Jaakko Karras, vice-líder de operações no JPL em entrevista ao site Space.com. “Achamos que há muitas oportunidades científicas nisso”.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!