Estudos revelam genes que determinam a altura; confira

Células nas placas de crescimento determinam comprimento e forma de nossos ossos
Por Alisson Santos, editado por Rodrigo Mozelli 18/04/2023 01h07
Homem-Alto
Crédito: Andrei Korzhyts/Shutterstock
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Um estudo, publicado na sexta-feira (14) na revista Cell Genomics, revelou que as células nas placas de crescimento (feitas de cartilagem nas extremidades dos ossos, endurecendo conforme o crescimento) determinam o comprimento e a forma de nossos ossos, e até nossa estatura.

Os cientistas envolvidos na pesquisa, desenvolvida na Harvard Medical School, descobriram potenciais “genes de altura”, e que as alterações genéticas que afetam a maturação das células da cartilagem são capazes de influenciar na altura dos adultos.

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“O estudo está realmente entendendo a genética do esqueleto”, apontou a autora sênior Nora Renthal, do Hospital Infantil de Boston e da Universidade de Harvard. “A altura é um bom ponto de partida para entender a relação entre genes, placas de crescimento e crescimento esquelético, porque podemos medir a altura de cada ser humano.”

  • Durante a pesquisa, os cientistas analisaram 600 milhões de células de cartilagem de camundongos, com o intuito de identificar a influência de genes excluídos no crescimento e na maturação celular; 
  • Essas mudanças celulares na placa de crescimento são responsáveis pelas variações na altura humana;
  • Além disso, esse estudo revelou 145 genes que estão ligados a distúrbios esqueléticos e também são cruciais para a maturação da placa de crescimento e formação óssea.

Para chegar a esse ponto do estudo, os pesquisadores da Harvard Medical School compararam genes descobertos com dados de estudos de associação genômica ampla (Genome Wide Association Studies, o GWAS) de altura humana. O GWAS permite que pesquisadores estudem o genoma humano, com enfoque em descobrir detalhes cruciais sobre onde os “genes de altura” estão localizados em nosso DNA.

Dificultando esse processo, essas regiões podem conter diversos genes, confundindo o trabalho de pesquisadores durante o rastreio dos genes em questão. Mas essas regiões podem conter vários genes, tornando difícil para os pesquisadores rastrear e estudar um alvo individual. “É como procurar a casa do seu amigo, mas você só sabe o CEP”, diz Renthal. “É difícil.”

Vejo pacientes com displasia esquelética, onde não há tratamento, porque a genética fez seus ossos crescerem dessa maneira […] É minha esperança que, quanto mais pudermos entender sobre a biologia da placa de crescimento, mais seremos capazes de intervir em momentos anteriores no crescimento de esqueletos e na vida de uma criança.

Nora Renthal, do Hospital Infantil de Boston e da Universidade de Harvard

Com informações de EurekAlert!

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Alisson Santos
Redator(a)

Alisson Santos é estudante de jornalismo pelo Centro Universitário das Américas (FAM). Atualmente é redator em Hard News no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.