O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (20) que a Shein pretende nacionalizar 85% das vendas nos próximos quatro anos. Ou seja, a produção se concentraria em solo brasileiro.

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Outra promessa é que a empresa passará a fazer parte do Programa de Conformidade Tributária da Receita Federal. Com isso, a companhia normalizaria “as relações como o Ministério da Fazenda”.

A ideia do governo federal com essa movimentação é de que exista um equilíbrio entre as condições de produção e comércio para varejistas nacionais e internacionais.

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Nós queremos investimentos estrangeiros, nós apreciamos o comércio eletrônico. Queremos condições competitivas para que nós não prejudiquemos empregos no Brasil e as lojas de varejo brasileiro.

Fernando Haddad

Ainda de acordo com o ministro, a própria Shein passará os números do investimento e da geração de emprego no mercado brasileiro. A agência Reuters divulgou que serão R$ 750 milhões nos próximos anos para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país. As parcerias podem gerar, segundo a Shein, 100 mil empregos nos próximos três anos.

É muito importante para nós que eles vejam o Brasil não apenas como um mercado consumidor, mas como uma economia de produção.

Fernando Haddad

Contexto

Fernando Haddad afirmou nesta terça-feira (18) que o governo desistiu de acabar com isenção de importações entre pessoas físicas avaliadas em até US$ 50. A decisão de passar a taxar esse tipo de comércio, usado por varejistas como a Shein, foi anunciada na última semana pelo Ministério da Fazenda e Receita Federal.

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Apesar do fim dos planos para acabar com esta isenção que fecharia o cerco para o tipo de comércio internacional que se aproveita dessa brecha, Haddad ressaltou a jornalistas que a isenção vale desde sempre apenas para transações entre pessoas físicas. O ministro disse que o governo continuará a buscar formas para elevar a fiscalização e taxar empresas que burlam as regras.

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