Embora tenha acabado em uma explosão no ar quatro minutos após a decolagem, o lançamento do megafoguete Starship, da SpaceX, foi elogiado pela NASA.

O veículo será usado pela agência como módulo de pouso da missão Artemis 3, que vai colocar astronautas na Lua novamente mais de meio século depois da última vez que a humanidade esteve por lá. 

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Pouco antes da separação dos estágios, o foguete acionou a autodestruição a 29 km de altitude, devido a uma falha de pressurização ocorrida a 35 km acima do solo, que fez com que ele começasse a cair. Crédito: SpaceX

De acordo com o contrato estabelecido entre a NASA e a empresa do bilionário Elon Musk, esse serviço também será prestado durante o voo Artemis 4, com chances de prorrogação para atender a missão Artemis 5.

Com tanta expectativa depositada no desenvolvimento bem-sucedido do enorme complexo veicular de aço inoxidável, os líderes da agência estavam atentos ao lançamento ocorrido na quinta-feira (20), considerado por eles um passo crucial para a nova era da exploração da Lua e do espaço profundo.

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Um dos primeiros a se manifestar no Twitter foi o administrador Bill Nelson, dizendo que “toda grande conquista ao longo da história exigiu algum nível de risco calculado, porque com grande risco vem grande recompensa”. 

Na postagem ele também se diz “ansioso por tudo o que a SpaceX descobrir, pelo próximo teste de voo – e além”.

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O administrador associado da NASA para o desenvolvimento de sistemas de exploração, Jim Free, também compartilhou seu entusiasmo no Twitter. “Ansiosos para aprender com os dados que a SpaceX capturou enquanto eles continuam a desenvolver o sistema de pouso humano da Starship e se preparam para seu próximo teste de voo”, escreveu.

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Decolagem causa destruição em plataforma de lançamento da SpaceX e arredores

Com 120 metros de altura, o maior veículo espacial já construído na história havia saído do chão às 10h34 da manhã (pelo horário de Brasília), a partir da Starbase, a base de lançamento da SpaceX no Texas, quando houve uma falha de pressurização, a 35 km de altitude.

Ele começou a cair, sendo acionado o procedimento de autodestruição a 29km do chão, resultando em uma explosão surpreendente no ar. Em solo, no entanto, já se esperava que o foguete produzisse uma pluma de lançamento impressionante ao decolar com um impulso recorde e que, possivelmente, causasse danos à plataforma de lançamento – mesmo que não houvesse nenhuma falha e tivesse dado tudo certo.

Ainda não se têm informações oficiais sobre a dimensão do prejuízo, mas as imagens (que você vê neste link) indicam alguns estragos significativos – como uma cratera gigantesca que se formou diretamente abaixo da torre e os tanques de água próximos bastante amassados.

Apesar da autodestruição forçada do foguete, a SpaceX considera a experiência positiva. “Com um teste como este, o sucesso vem do que aprendemos, e o teste de hoje nos ajudará a melhorar a confiabilidade do Starship, à medida que a SpaceX procura tornar a vida multiplanetária”, tuitou a empresa pouco depois do episódio.

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