Enquanto as gravadoras tentam barrar músicas criadas por IA com vozes de artistas famosos, a cantora Grimes, ex-exposa do empresário Elon Musk, sugere uma saída diferente. No Twitter, a compositora e produtora disse que está disposta a “dividir 50% dos royalties de qualquer música bem-sucedida gerada por IA”.

Grimes acrescenta que todos podem usar a sua voz “sem penalidade” ou “obrigações legais”. Apesar de não entrar em muitos detalhes sobre como essa divisão funcionaria, outra sugestão da artista canadense é aplicar a regra apenas para faixas “virais”.

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Segundo o The Verge, Grimes não é a primeira cantora a abraçar o uso da IA no meio musical. A musicista experimental Holly Herndon revelou em 2021 uma versão da sua própria voz criada com a ajuda da inteligência artificial, a ‘Holly Plus’.

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Desde então, Herndon permite que outras pessoas criem canções usando o clone da sua voz. No entanto, também há uma limitação: apenas membros da sua organização autônoma podem lucrar com a prática.

Quem é Grimes?

  • Grimes é o nome artístico da cantora, compositora e produtora musical canadense Claire Elise Boucher. 
  • Nascida em 17 de março de 1988, em Vancouver, Grimes é conhecida por sua música experimental e também por seu estilo extravagante.
  • Além da carreira musical, Grimes também é ativista em questões como mudança climática e o próprio uso de inteligência artificial.
  • Claire foi casada com o empresário e fundador da Tesla, Elon Musk, até 2021.

Hit “fake” de IA viralizou

Vale lembrar que o assunto ganhou força na semana passada após a faixa “Heart on My Sleeve”, gerada por modelos de voz de Drake e The Weeknd, viralizar. Além de ser banida das plataformas de streaming de áudio, o grupo Universal Music fez críticas contra o uso de IA, o que em tese viola os direitos autorias dos seus artistas (uma discussão de longa data ainda sem solução, não só entre os músicos).

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“De que lado da história as partes interessadas no ecossistema da música querem estar: dos artistas, fãs e expressão criativa humana; ou dos deep fakes, fraude e negando aos artistas sua devida compensação?”, disse a gravadora

No fim, como a IA generativa cresce e melhora em ritmo alarmante, especialistas alertam que a tecnologia pode remodelar a indústria criativa. Resta saber como o mercado vai se ajustar às novas normas.

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