Com capacidade de carregamento de 27 toneladas para a órbita baixa da Terra, o foguete Vulcan Centaur está em desenvolvimento pela United Launch Alliance (ULA) desde 2014. 

Programado para 2021, o voo de estreia do veículo foi remarcado diversas vezes, ficando definido para a próxima quinta-feira (4) – mas, também não será desta vez.

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Vamos entender:

  • O Vulcan Centaur é um veículo de lançamento pesado de dois estágios para órbita desenvolvido pela United Launch Alliance;
  • Ele é projetado principalmente para atender às demandas de lançamento da Força Espacial dos EUA e das agências de inteligência do governo norte-americano;
  • O foguete substituirá os dois lançadores atualmente em operação (Atlas V e Delta IV Heavy) nessa função, já que esses veículos estão se aposentando;
  • Além dos serviços para o governo, o Vulcan Centaur também poderá ser usado para lançamentos comerciais privados;
  • No voo inaugural, será lançado o módulo lunar Peregrine, da Astrobotic Technology, para a NASA, além dos satélites de demonstração Kuipersat-1 e Kuipersat-2, da Kuiper Systems;
  • O Peregrine será responsável por depositar um “minimuseu” na Lua, que conta com uma nanoarte brasileira no acervo;
  • Durante um teste pré-voo padrão, ocorrido em 29 de março, uma faísca desencadeou uma forte explosão um um dos estpagios do foguete, que estava acomodado nas instalações do Centro de Voo Espacial Marshall, da NASA;
  • O incidente faz a ULA adiar o lançamento para junho ou julho.

Leia mais:

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Tory Bruno, CEO da ULA, publicou um vídeo da explosão no Twitter, explicando que houve um vazamento de hidrogênio acumulado dentro da plataforma. “Encontrada uma fonte de ignição. Queimou rápido. A pressão excessiva cedeu em nossa cúpula dianteira e danificou a carreta de perfuração”.

Questionado por um seguidor qual seria a data mais provável para a estreia do foguete, Bruno estimou entre junho e julho.

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Blue Origin atrasou entrega de motores do foguete

Segundo um comunicado oficial emitido pela ULA à época do fato, a equipe técnica estava pressurizando o primeiro estágio do foguete quando a anomalia ocorreu. Uma faísca acendeu um acúmulo significativo de combustível de hidrogênio, fazendo com que uma enorme bola de fogo mandasse a plataforma de teste para os ares. 

“É por isso que exercitamos completa e rigorosamente todas as condições possíveis no solo antes do voo. A investigação está em andamento”, escreveu Bruno no Twitter logo após a explosão. “Vulcan voará quando estiver completo”.

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Em resposta a um usuário no Twitter, o gestor disse que ainda não se sabe se o vazamento estava no foguete ou na plataforma de teste. Apenas depois da conclusão de todas as análises é que a data de lançamento será confirmada.

Originalmente, a ULA esperava lançar o Vulcan em 2020. Depois, os planos foram adiados para 2022, passando, por fim, para o primeiro trimestre de 2023. Durante todo esse tempo, a empresa estava aguardando a entrega de dois motores BE-4 construídos pela Blue Origin, de Jeff Bezos, que chegaram com quase cinco anos de atraso.

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