Tempestades solares são eventos que atingem a Terra várias vezes por ano e, apesar de seu nome assustador, o fenômeno normalmente passa despercebido para a maior parte das pessoas. No máximo, em casos extremos causando interferências em satélites. No entanto, em 1859 foi diferente, quando ocorreu o que ficou conhecido como “evento de Carrington”.

O episódio registrado por astrônomos foi a maior tempestade solar já vista. Naquele dia, o Sol liberou energia equivalente a 10 bilhões de bombas atômicas. Os principais efeitos foram sentidos nas máquinas de telégrafo, que apresentaram falhas em várias partes do mundo, incluindo algumas soltando faíscas.

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De acordo com o History, esse fenômeno foi inicialmente registrado pelo astrônomo amador Richard Carrington, cujo nome acabou marcando o evento. O pesquisador estava em Londres, na Inglaterra, e apontou seu telescópio para o Sol. Foi neste momento que ele flagrou as manchas emergindo da estrela.

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Consequências da tempestade solar

A maior tempestade solar da história teve consequências severas na Terra. Além das falhas nos telégrafos e problemas de comunicação, auroras apareceram em diversos pontos do planeta, mesmo distantes dos pólos, onde o fenômeno costuma aparecer.

Os registram citam auroras boreais em Cuba e no Havaí, enquanto o Chile teve auroras austrais. As cores no céu, nunca vistas pelas pessoas dessas regiões, fez com que muita gente se assustasse e existem relatos até de quem achou que o mundo estava acabando.

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Dados posteriores mostraram que o evento de Carrington chegou a ser duas vezes mais forte que qualquer tempestade solar dos últimos 500 anos. Nos dias de hoje, com a enorme rede de satélite na atmosfera usada para os mais diferentes fins, os impactos de um evento desse tipo são inimagináveis.

Ainda segundo o History, um estudo da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, se o evento de Carrington ocorre-se no mundo atual, o impacto financeiro dos estragos poderia passar dos US$ 2 trilhões.

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