Há alguns milhares de anos não éramos os únicos hominídeos por aqui, a espécie humana moderna chegou a compartilhar espaço com os neandertais na Europa, os denisovanos na Ásia, os naledi na África do Sul, alguns erectus por aí e ali e com os “hobbits” ou floresiensis na Ilha das Flores, na Indonésia. Atualmente, o Homo Sapiens é considerado pela comunidade científica como o único grupo humano a habitar a Terra, mas um pesquisador quer mudar isso.

Gregory Forth, é um antropólogo com PhD em Oxford e acredita que ainda hoje os hobbits habitam a Ilha das Flores, baseado em avistamentos de uma criatura que se parece com um homem-macaco por nativos da ilha, os Lios.

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Os primeiros vestígios do Homo floresiensis foram encontrados em 2004. Eles eram um grupo de hominídeos de pequena estatura, cerca de 106 centímetros apenas, o que rende a eles o apelido em referência aos seres da Terra Média de Senhor dos Anéis. Além disso, não possuíam queixo e tinham pés incomumente grandes.

Quando descobertos, pensava-se que eles haviam desaparecido há 12 mil anos, mas atualmente a maioria dos especialistas estimam que eles foram extintos há pelo menos 50 mil anos, mas Forth não é a maioria, o ano passado ele causou um burburinhos entre os antropólogos apontando que eles ainda estão vivos.

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Nosso instinto inicial, eu suspeito, é considerar os homens-macacos existentes de Flores como completamente imaginários. Mas, levando a sério o que as pessoas de Lio dizem, não encontrei nenhuma boa razão para pensar assim.

Gregory Forth

Os nativos que alegam já ter avistado a criatura apontam que eles são bípedes, ou seja, andam em pé assim como os humanos e em algumas das situações eles estavam mortos, o que permitiu que fossem observadas mais de perto e os Lios a acham bastantes estranhas.

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Os “hobbits” já se foram

Apesar de algumas evidências apontarem que realmente se trata de um hominídeo não sapiens, elas não convenceram outros antropólogos que consideram improvável que os floresiensis tenham sobrevivido até os dias atuais.

O argumento em que os descrentes da existência dos hobbits na Ilha das Flores é a população mínima viável, o número mínimo de indivíduos para manter uma espécie viva de forma bem sucedida. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza esse número é de 50 indivíduos efetivos para evitar a consanguinidade, o equivalente a uma população de 250 a 500 floresiensis.

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No entanto, para manter o potencial evolutivo – para permanecer geneticamente flexível e diverso – os critérios da IUCN sugerem que precisaríamos de pelo menos 500 indivíduos efetivos. Isso requer uma população de 2.500 a 5.000.

Corey Bradshaw, ecologista em resposta a The Conversation

Dessa forma, mesmo que sejam poucos os avistamentos, cerca de 3 e com 30 testemunhas oculares, no mínimo ainda seriam encontrados fezes ou restos de refeições dos floresiensis, mesmo que eles possam ser parecidos com outras espécies de primatas de tamanho parecido.

A explicação mais plausível é que os “hobbits” provavelmente são como os pés grandes para os estadunidenses, lendas fortemente presentes no imaginário popular, nesse caso dos Lios, mas que na verdade podem ser apenas algum outro tipo de primata. 

Mesmo assim, Forth não quer descartar a possibilidade de que os “hobbits” realmente existam na Ilhas das Flores e até agora não é possível provar que ele está errado.

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