Airbags defeituosos podem matar e exigem recall nos EUA

Airbags foram distribuídos para marcas, como GM, Stellantis, BMW, Hyundai e Kia; GM foi a única a aceitar o recall até agora
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Rodrigo Mozelli 16/05/2023 20h43
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Foto: Shutterstock
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A NHTSA, agência de segurança rodoviária dos Estados Unidos, solicitou o recall de 67 milhões de airbags defeituosos. O órgão acredita que uma falha de segurança nos insufladores pode ferir e até matar motoristas, mas a fornecedora ARC Automotive Inc. rejeitou a solicitação.

O que aconteceu

No pedido, a agência solicitou o recall a partir de uma carta, afirmando que o acionamento indevido cria um risco de morte e ferimentos.

Leia mais:

Insufladores de airbag que projetam fragmentos de metal nos ocupantes do veículo, em vez de inflar adequadamente o airbag acoplado, criam risco irracional de morte e ferimentos.

NTHSA, em carta à fornecedora

A ARC recusou a solicitação, justificando que se baseia em sete incidentes nos Estados Unidos, e que seguirá trabalhando com a agência e com as montadoras para avaliar os casos.

Além de espalhar estilhaços da própria peça, o acionamento do airbag pode causar ferimentos com o impacto (Imagem: Shutterstock)

Airbags

  • Os airbags da fornecedora são usados em veículos de GM, Stellantis, BMW, Hyundai e Kia;
  • No recall, 994.763 unidades dos modelos Buick Enclave, Chevrolet Traverse e GMC Acadia, produzidos entre 2014 e 2017, foram chamados;
  • São 67 milhões de peças de airbags suspeitas de estarem danificadas; elas foram produzidas para o mercado estadunidense e distribuídas para 12 marcas;
  • Até agora, apenas a GM aceitou o recall, que recolheu um milhão de unidades;
  • As investigações da NHTSA acerca dos incidentes começaram em 2015, depois de dois motoristas feridos; uma morte teria acontecido em 2016, causada pelo airbag de um Hyundai;
  • Este ano, um incidente em um veículo da GM, em março, teria ferido um motorista.

Airbags da Takata

O caso lembra o recall da Takata: foram mais de 100 milhões de airbags danificados, que causaram mais de 30 mortes e 320 feridos no mundo todo.

Esse foi o maior caso desse tipo no Brasil. De acordo com levantamento da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), a Toyota foi a marca mais afetada, com 1,76 milhão de veículos, seguida da Honda, com 1,44 milhão. No País, duas pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas em explosões de airbags.

GM já devolveu um milhão de veículos para serem avaliados (Imagem: Shutterstock)

Por que a explosão?

O defeito, tanto na época da Takata quanto agora, é no insuflador. Isso faz com que a explosão do airbag seja forte demais, quebrando a própria peça e arremessando estilhaços de metal contra as pessoas dentro do veículo.

Com informações de Uol

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.

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