Quando você pensa em caixa de som portátil, geralmente tem em mente que ela é apenas um reprodutor de músicas e nada mais. Pois bem, a Motorola tem uma linha de áudio que vem crescendo no Brasil e a Rokr 500 faz parte deste leque de opções ao exibir corpo bem fino, leve e que encaixa bem até no bolso pequeno da mochila.

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Porém, além de utilizar Bluetooth para reproduzir canções a partir de um celular, computador ou qualquer outro dispositivo com esta conexão, o alto-falante portátil consegue tirar proveito de sua própria bateria para carregar outros dispositivos e faz isso por indução.

Então a Motorola Rokr 500 é uma caixa de som e estação de recarga de aparelhos por indução, com bateria própria. Será que ela faz tudo isso bem? Eu passei as últimas semanas testando o gadget e conto minha experiência nos próximos parágrafos.

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Design é direto ao assunto

Começando por fora, a Rokr 500 é uma caixa de som portátil praticamente idêntica ao que pode ser encontrado no mercado. Pense então em uma base dividida em dois lados, sendo o primeiro com uma grelha protegida por tecido e é nesta parte que o alto-falante emite o som, enquanto na direção oposta fica a base de apoio e local da bateria interna.

Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Geralmente um ponto muda de fabricante para fabricante: a disposição de botões e interface com o usuário. Na Rokr 500 temos quatro teclas escondidas por baixo do tecido, mas com ícones emborrachados por cima. O primeiro liga e desliga o sistema com um pressionar longo, mas se você apenas tocar ele diz quanta carga ainda existe na bateria – em LEDs logo abaixo.

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Outros dois são para controle de volume e o último pausa e retoma a música, mas também pode ser pressionado por mais tempo e com isso ele ativa o modo de pareamento por Bluetooth. A única parte acessível ao usuário para além dos botões é a borracha em uma das laterais e é lá onde a porta USB-C fica, protegida de água e poeira.

Existe um detalhe importante para a porta USB-C: ela não permite a recarga de dispositivos conectados nela, servindo exclusivamente como entrada de energia para a bateria do próprio alto-falante. A única forma criada para a energia ser transportada para fora é pelas bobinas, responsáveis pela indução.

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O corpo tem certificação IPX6, garantindo sobrevivência em ambientes externos e até durante chuva. Na teoria este código permite além disso, como garantia contra jatos d’água potentes a partir de um bocal de 12,3 milímetros e volume de 100 litros por minuto, durante três minutos.

Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Como a Motorola só diz “uso em ambiente externo”, tenha em mente que a Rokr 500 vai funcionar mesmo debaixo do chuveiro, mas não por muito tempo e não deve sobreviver após mergulho na piscina.

Alto-falante é simples e direto

Passando para a qualidade do som reproduzido no Rokr 500, fica claro que o tamanho diminuto, somado ao peso reduzido e a presença da bateria e componentes para a recarga por indução cobram seu preço. Temos neste alto-falante o básico para escutar um som com alguma qualidade, mas só isso mesmo.

Médios são reforçados, agudos ficam um pouco abaixo e graves são quase inexistentes. Não há espaço suficiente para um alto-falante grande e nem mesmo para ondas ecoarem internamente e assim expressar frequências mais baixas de melhor qualidade. Chega a ser um problema? Não.

Ter graves presentes não é a proposta da Rokr 500 e isso passa pela comunicação da Motorola e até o preço. A ideia aqui é ter uma caixa de som que vai dar uma força para quem tem dispositivo compatível com recarga por indução. Neste ponto o gadget entrega o que promete.

Mesmo sem graves presentes, o som emitido pela compacta caixa preenche um ambiente pequeno com facilidade. Aproveitando a proteção contra água, foram muitas vezes onde eu tomei banho escutando podcasts, com a Rokr 500 dentro do box.

Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Neste momento, onde a voz é a principal característica e isso significa ondas médias em destaque, a Rokr 500 cumpre muito bem seu papel e faz isso por horas. A Motorola promete 15 horas de autonomia e eu consegui chegar em cerca de 16 delas no meu teste.

A porta USB-C recarrega a carga da bateria e precisa de 24 horas para isso. É uma entrada de energia bem lenta, muito lenta mesmo. Ao menos a Rokr 500 tem sistema que desliga o alto-falante quando ele passa longos minutos sem uso e assim poupa a autonomia.

Motorola Rokr 500: vale a pena?

Sim, mas você precisa entender que este alto-falante é um modelo de entrada até mesmo para a Motorola. Ele vai te entregar o básico na hora de reproduzir músicas com alguma qualidade e fará isso com peso baixíssimo e em tamanho suficiente para ficar guardado até no bolso da calça.

Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Motorola Rokr 500 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Ter uma estação de recarga sem fios é extra bacana e a autonomia de reprodução de música em 15 horas é ótima (ela será menor se você carregar outro aparelho, claro), mas achei exagerado o tempo de 24 horas para recompor a bateria interna. É um dia inteiro sem usar, para poder colocar na mochila mais uma vez.

Por fim, a presença de IPX6 garante usos mais diversos, como escutar podcast durante o banho ou manter a música tocando mesmo quando a chuva começa a apertar. A Rokr 500 é mais cara que caixas de som concorrentes, mas a presença de um carregador por indução entrega valor agregado maior, fazendo valer a pena.

Nossa avaliação
Nota Final
7.7
  • Conectividade
    7.0
  • Design
    9.0
  • Graves
    5.0
  • Médios
    9.0
  • Agudos
    8.0
  • Recursos
    8.0

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