O CEO da OpenAI, Sam Altman, iniciou uma espécie de turnê mundial para palestrar sobre Inteligência Artificial (IA). A fila para vê-lo na University College London, na Inglaterra, nesta quarta-feira, 24 de maio, se estendia por ruas, mas a recepção foi mista. Enquanto alguns estavam animados para ouvir diretamente do pai do ChatGPT, protestos alertavam sobre os perigos da IA.
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Turnê mundial
Na semana passada, Sam Altman participou de uma audiência no Senado dos Estados Unidos, em que falou sobre os potenciais riscos da IA e, principalmente, de seus benefícios.
Até agora, ele já se encontrou com o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e o presidente francês Emmanuel Macron.
Na semana passada, ele também participou de um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Posicionamento
- Em Londres, o pai do ChatGPT repetiu os discursos que já vinha fazendo.
- Ele reconheceu as preocupações acerca da IA, mas defendeu que seus potenciais benefícios são maiores do que reveses.
- Novamente, ele defendeu a regulamentação da IA, mas com muitas ressalvas.
- Sam Altman vê a necessidade de estabelecer regras para, por exemplo, casos extremos, que ele comparou a um “material nuclear”.
- Porém, ele quer “algo entre a abordagem tradicional europeia e a abordagem tradicional dos EUA”, ou seja, uma regulamentação liberal que não altere muito o que já vem sendo feito.
- Altman destacou como, para ele, o excesso de regras pode prejudicar empresas menores e o movimento do código aberto.

Superinteligência (ou IA geral)
Um dos cenários mencionados por Sam Altman que deve ser regulamentado é no caso de alguém desvendar um código aberto e criar uma “superinteligência”.
O que ele se refere é a Inteligência Artificial geral, que o Olhar Digital já explicou aqui.
Porém, segundo a diretora-gerente do instituto AI Now, Sarah Myers West, em entrevista ao The Verge, essa é uma tentativa do executivo de distrair os problemas reais e atuais com cenários fictícios, dignos de sci-fi.
Um dos pontos preocupantes é a capacidade da IA de espalhar desinformação, especialmente quando 2024 é o ano de eleições em muitos países, incluindo os Estados Unidos.

Futuro
- Obviamente, na turnê mundial, Sam Altman tem deixado de lado as problemáticas e focado nas partes positivas.
- Ele afirmou como está animado para o futuro da tecnologia, que “vai elevar todo o mundo”.
- O executivo mencionou que acredita que a IA vai reduzir a desigualdade no mundo, criar mais empregos e promover uma revolução tecnológica.
- Quanto a manter o controle da IA, ele defende que manter o “alinhamento” é suficiente.
- Esse alinhamento consiste em “fazer o software fazer o que queremos e não o que não fazemos”.
Protestos
Do lado de fora da University College London, manifestantes não se contentaram com o discurso apaziguador de Altman. Eles pedem pela pausa no desenvolvimento de sistemas poderosos, que podem, um dia, ser danosos à humanidade.
Com informações de The Verge
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