Seja para descanso ou mudança definitiva, o consenso entre os turistas e moradores do litoral é que a qualidade de vida é muito maior a beira-mar. Em tentativa de comprovar essa intuição coletiva, o Grupo de Psicologia Ambiental da Universidade de Viena, Áustria, iniciou pesquisa para investigar essa tese.

O grupo, liderado por Sandra Geiger, utilizou dados de 15 países para entender os impactos do litoral na vida de moradores e visitantes, e concluiu que a baixada litorânea está associada a saúde melhor, independente do país ou classe social.

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É impressionante ver padrões tão consistentes e claros em todos os 15 países. Agora também demonstramos que todos parecem se beneficiar de estar perto do litoral, não apenas os ricos. Embora as associações sejam relativamente pequenas, vivendo perto e especialmente visitar a costa ainda pode ter efeitos substanciais na saúde da população.

Sandra Geiger, cientista líder da pesquisa

Mas essa tese — comprovada pelo grupo — não é uma descoberta nova. Outros profissionais da saúde já recorreram anteriormente ao mar para tratamentos de saúde.

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  •  Em 1660, alguns médicos na Inglaterra promoveram banhos de mar e caminhadas costeiras para benefícios à saúde;
  • Já em 1800, o contato com o ar e a água do mar era muito utilizado como tratamento de saúde entre os cidadãos europeus mais ricos;
  • Essas práticas sofreram declínio significativo por conta dos avanços tecnológicos do século XX — mas esse cenário parece estar em ascensão novamente.

A pesquisa foi publicada na revista Communications Earth & Environment e fez parte do projeto “Mares, Oceanos e Saúde Pública na Europa”, liderado por Geiger com a professora Lora Fleming. O projeto envolveu cerca de 15 mil participantes em 15 países, sendo: Bélgica, Bulgária, República Tcheca, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Espanha, Reino Unido e Austrália.

Os voluntários foram questionados sobre suas opiniões sobre várias atividades relacionadas ao mar e sua própria saúde.

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“Os benefícios substanciais para a saúde do acesso igualitário e sustentável às nossas costas devem ser considerados quando os países desenvolverem seus planos espaciais marinhos, considerarem as futuras necessidades de habitação e desenvolverem conexões de transporte público”, afirmou a Dra. Paula Kellett, do European Marine Board.

Com informações de Medical Xpress

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