Sabe-se que a Terra é majoritariamente composta por água – são 70% de todo o planeta. E os oceanos correspondem a impressionantes 97% desse montante. Mas, qual dos cinco (Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico) seria o mais abundante?
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), esse título fica com o oceano Pacífico, situado entre América (leste), Ásia e Oceania (oeste) e Antártica (sul), que além de ser o maior e mais profundo, também é o mais antigo deles.
Contendo rochas que datam de cerca de 200 milhões de anos, o Pacífico cobre uma área de 163 milhões de quilômetros quadrados – tão grande que poderia conter toda a parte sólida do planeta.
Essa situação, no entanto, pode ser diferente no futuro. Os oceanos estão em constante mudança à medida que as placas tectônicas na crosta terrestre se movem. Estudos já detectaram que, como resultado disso, o oceano Pacífico está encolhendo, enquanto o Atlântico gradualmente vem se expandindo em direção a ele.
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Água mais antiga do mundo não está no oceano Pacífico
Por ser o oceano mais velho do mundo, é de se esperar que ele abrigue mares muito antigos. Segundo o levantamento da NOAA, a água mais antiga do Pacífico Norte está presa em uma “zona de sombra” sob a superfície há cerca de mil anos.
No entanto, isso é muito jovem comparado a um remanescente do Mar do Atlântico Norte, que foi encontrado sob a Baía de Chesapeake em uma cratera de impacto formada há 35 milhões de anos. Acredita-se que ele tenha entre 100 milhões e 145 milhões de anos – tão antigo que tem o dobro da salinidade da água marinha moderna.
Mais longevo ainda é um pequeno pedaço da crosta oceânica que permanece intacto no Mar Mediterrâneo. Com idade estimada em 340 milhões de anos, esse reservatório foi formado pelo derretimento e sequente resfriamento de magma.
À medida que esfriava na crista do meio do oceano, os minerais do magma se magnetizaram, sendo detectados por sensoriamento remoto, que permitiu a descoberta da área por pesquisadores.
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