Crocodilo de 120 anos desafia limite de longevidade da espécie

Cassius é um crocodilo de 5,5 metros de comprimento que vive em cativeiro na Austrália
Por Alisson Santos, editado por Rodrigo Mozelli 28/06/2023 20h10
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Crocodilo Cassius, de 120 anos (Imagem: Marineland Melanesia Crocodile Habitat)
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O maior crocodilo do mundo vivendo em cativeiro está “feliz e saudável” e prestes a estabelecer outros recordes. Segundo especialistas responsáveis pelos exames de Cassius, o animal de 120 anos “viverá nos próximos anos”.

A estimativa de vida dos crocodilos de água salgada (Crocodylus porosus) é inexata, mas o professor assistente de biologia na Universidade do Norte da Flórida, Adam Rosenblatt, afirma que, “na natureza, a maioria dos crocodilianos provavelmente não passa dos 60 anos”. Por outro lado, os animais que vivem em cativeiro costumam viver bem mais que isso.

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Meu próprio palpite é que a expectativa de vida máxima dos crocodilianos como um grupo está na faixa de 100 a 120 anos, mas eles só atingiriam essas idades em cativeiro.

Adam Rosenblatt, professor assistente de biologia na Universidade do Norte da Flórida, em entrevista ao Live Science
  • Cassius é o maior crocodilo do mundo vivendo em cativeiro. Ele mede 5,5 metros de comprimento;
  • O animal foi capturado em 1984 em uma fazenda após atacar o gado e viver cerca de 80 anos na selva;
  • O crocodilo passou mais de 35 anos no Marineland Crocodile Park, em Green Island, e agora vive em no Parque Marineland, na Austrália;
  • A avaliação mais recente do crocodilo revelam “nenhuma razão para acreditar que Cassius não viverá nos próximos anos”, diz Toody Scott, criador de crocodilos do Marineland.

O passado de Cassius

A equipe responsável pelo maior crocodilo em cativeiro afirmam que ele fica nervoso e “reage mal” quando são usados equipamentos barulhentos no parque, que pode sinalizar um trauma antigo. Além disso, Cassius estava sem a ponta do focinho quando foi pego — levando os pesquisadores a acreditar que ele atacou barcos no passado.

“Ele estava com a ponta do focinho quebrada, o que pode acontecer ao atacar uma hélice”, relatou Grahame Webb, pesquisador que participou da captura dele. Além disso, a boca de Cassius aparenta ser mais delicada que os demais da espécie.

“Um crocodilo livre de estresse geralmente se cura de quaisquer ferimentos e fica livre de doenças, pois tem sistema imunológico mais forte [do que os crocodilos estressados]”, disse Scott.

Com informações de Live Science

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Alisson Santos
Redator(a)

Alisson Santos é estudante de jornalismo pelo Centro Universitário das Américas (FAM). Atualmente é redator em Hard News no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.