Dia 3 de julho foi o mais quente já registrado na Terra 

Super El Niño é apontado como o principal responsável pelo aumento da temperatura
Por Lucas Soares, editado por Ana Luiza Figueiredo 04/07/2023 15h39, atualizada em 05/07/2023 19h31
dia mais quente
Imagem: Tom Wang (Shutterstock)
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A última segunda-feira, 3 de julho de 2023, foi o dia mais quente já registrado na Terra, de acordo com dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) divulgados nesta terça (4).

O recorde foi batido por conta das ondas de calor que assolam o hemisfério norte. O movimento é apontado como consequência do El Niño, que este ano está sendo esperado como mais intenso que o normal.

Dia mais quente da história

No dia 3 de julho a média de temperatura foi de 17,01°C, pouco acima da marca anterior, obtida em agosto de 2016, quando os termômetros atingiram uma média de 16,92°C.

“Este não é um marco que deveríamos comemorar, é uma sentença de morte para pessoas e ecossistemas”, disse Friederike Otto, palestrante sênior do Grantham Institute for Climate Change and the Environment à Bloomberg.

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“É preocupante, não será o dia mais quente por muito tempo”, a preocupação do especialista é com o El Niño, que deve quebrar ainda mais recordes de temperatura no globo durante o ano.

El Niño
Nasa capta imagem do El Niño – fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas — Foto: Sentinel-6 Michael Freilich / Nasa
  • Reino Unido teve o mês de junho mais quente da história;
  • A China está sofrendo uma onda de calor extremo, com recordes de temperatura que superam os 40°C;
  • Na índia o calor e as altas temperaturas já foram apontados como causa da morte de pessoas;
  • Em partes dos EUA e do México, as ondas de calor também fazem estrago.

Consequências do Super El Niño

  • O El Niño é um fenômeno meteorológico que eleva a temperatura do Oceano Pacífico;
  • Como consequência, há recordes de temperaturas em várias partes do globo;
  • O evento começa neste semestre.

Além do calor, o El Niño deve aumentar a seca ou chuvas em diferentes partes do mundo. Isso pode trazer alívio da seca no Chifre da África e outros impactos relacionados ao La Niña, mas também pode desencadear eventos climáticos e climáticos mais extremos.

“El Niño é basicamente uma mudança na força e direção dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste no Oceano Pacífico, o que faz com que a água quente encontrada na parte ocidental do Oceano Pacífico se mova para a região central e oriental do Pacífico”, explica Ángel Adames Corraliza, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Wisconsin, nos EUA, à BBC News.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.