Um projeto desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) oferece uma alternativa para quem deixa de se imunizar por medo de agulha: a vacina adesiva. A novidade adere à pele sem causar nenhuma dor.

A pesquisadora Lídia Andrade, do Laboratório de Biologia Celular do ICB, explicou ao g1 que os adesivos “são compostos por microagulhas com menos de 1 mm”. Além de vacinas, o mesmo processo pode ser utilizado na aplicação de substâncias para fins estéticos.

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As pessoas não sentem dor, porque as microagulhas não alcançam os nervos responsáveis pela dor

Lídia Andrade, pesquisadora do Laboratório de Biologia Celular do ICB

Sobre a segurança das microagulhas, a pesquisadora disse que o material passa por testes na UFMG para saber se existe risco de “algum tipo de irritação, alergia ou inflamação”.

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Até aqui, os resultados foram promissores. Já se sabe, por exemplo, que as microagulhas conseguem injetar rapidamente as vacinas e outras substâncias.

Vacina adesiva é testada pela UFMG. Imagem: Reprodução/ICB/Lívia Andrade

Quando teremos vacinas sem agulhas?

Ainda não há previsão para a vacina adesiva chegar ao mercado. Os testes devem continuar até 2025. “Esse processo é imprescindível para que nós tenhamos segurança para utilizar esse tipo de dispositivo”, afirmou Lídia.

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A pesquisa conta com o apoio da startup  Microneeds, o Instituto do Coração (Incor) e outras universidades brasileiras. Além da UFMG, a Universidade Federal do ABC (UFABC), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) também participam da iniciativa.

Tem fobia de agulha? Saiba como aliviar o medo

Tomar vacina pode ser um pesadelo para algumas pessoas. De 10 a cada 100 pessoas sofrem de aicmofobia (ou medo de agulha), segundo a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). 

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O dado revela que o medo de tomar a vacina é bem mais comum do que parece. O Olhar Digital preparou um guia que fala mais sobre o tema e dá algumas dicas de como aliviar os sintomas.

Com informações do g1

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