Nesta terça-feira (1º), teve início a lua cheia de agosto, também chamada de Lua do Esturjão (clique aqui para entender o motivo desse nome e saber as designações que o astro recebe em sua fase completa nos demais meses do ano). Assim que o Sol se pôs, a primeira Superlua de agosto pôde ser vista imensa e brilhante no céu.

Exatamente o que você leu: esta foi somente a primeira Superlua deste mês, que conta com mais um evento do tipo no dia 30. Quando um mês tem duas luas cheias, a segunda recebe o nome de Lua Azul, sendo ou não “super” – no caso, teremos, então, duas Superluas em agosto. Entenda adiante.

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O que é uma Superlua?

De forma bem simples e resumida, uma Superlua ocorre quando o nosso satélite natural chega à fase completa quase ao mesmo tempo em que faz sua aproximação máxima com a Terra (ponto chamado de perigeu).

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“Mas, sem saber o quão perto a lua cheia precisa estar da Terra, não dá para cravar se esta ou aquela lua cheia é uma Superlua”, explica o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, que é presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON).

Imagem: Reprodução/Vox

Segundo Zurita, até existem algumas tentativas de criar uma definição científica, completa e definitiva para o termo, mas é difícil chegar a um consenso, e talvez isso tenha algo a ver com ele vir da astrologia. “Na astronomia, sua utilização é recente e tem se mostrado uma boa forma de popularizar a ciência, mas muita gente ainda ‘torce o nariz’ para o termo, por considerá-lo um nome mercadológico para ‘vender’ a Lua Cheia no perigeu, que, na prática, não tem nada de super, nem representa nenhum fenômeno de interesse científico”.

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Talvez por isso a União Astronômica Internacional (IAU) não demonstrou, até hoje, nenhum interesse em normatizar o termo. “Tudo que temos são as definições informais para a Superlua”, disse Zurita.

Pela definição do astrólogo Richard Nolle, “pai” do termo, pode-se chamar de Superlua quando a lua cheia está perto de (dentro de 90%) sua maior aproximação da Terra em uma determinada órbita (que, neste mês, será de 356.500 km). Assim, como a lua cheia desta terça-feira esteve a cerca de 357 mil km do nosso planeta (de acordo com o guia de observação astronômica InTheSky.org), sim, enquadra-se como uma Superlua.

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Zurita explica que, no meio científico, os astrônomos preferem o termo “perigeu-sizígia” ou simplesmente “Lua Cheia no Perigeu”, adotado para quando a Lua entra na fase cheia a menos de 24 horas do perigeu.

Desta vez, por exemplo, a Lua atingiu o ponto mais próximo da Terra na madrugada desta quarta-feira (2), às 2h52 (pelo horário de Brasília) – pouco mais de 11 horas após iniciar a fase cheia. 

Leia mais:

Imagens da Superlua inundam a internet

Para ver a Superlua na noite passada, um observador baseado em São Paulo, por exemplo, só precisava, ao cair da noite, olhar para a direção leste, que é o lado oposto ao pôr-do-sol. A primeira hora após a aparição, que foi por volta das 17h40 (pelo horário de Brasília) seria o momento mais propício para observá-la, pois ela estava maior, podendo apresentar belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada e até avermelhada), devido à interação com a atmosfera

Conforme foi ficando mais alta no céu, a Lua continuou igualmente ou até mais brilhante, mas já aparecia menor e bem branca. 

Se você não conseguiu ver a Superlua do Esturjão, não se preocupe, pois registros belíssimos de todas as partes do mundo não faltaram nas redes sociais. Confira alguns abaixo:

No Brasil:

Niterói, RJ
Rio de Janeiro, RJ
Paraipaba, CE
https://www.instagram.com/p/Cvam6htOb-i/
Vitória, ES
Balneário Rincão, SC
Jataí, GO

Em outros países:

EUA
EUA
EUA
China
Espanha
https://twitter.com/FernandoNini/status/1686507464852676608
Argentina
Argentina
Chile

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