Galáxia mais fraca do universo é confirmada por astrônomos

O primeiro avistamento da galaxia foi feito em 2014, mas não se sabia a que distância ela se encontrava da Terra
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 09/08/2023 19h13, atualizada em 11/08/2023 12h09
Galáxia JD1 recortada em caixa amplificada
Credito: Guido Roberts-Borsani/UCLA; imagens originais: NASA, ESA, CSA, Swinburne University of Technology, University of Pittsburgh, STScI)
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As observações feitas pelo Telescópio Espacial James Webb permitiu que astrônomos confirmassem qual a galáxia mais brilhante do início do universo, isso graças à sua capacidade de captar a luz infravermelha que chega até nós.

Uma equipe de astrônomos internacionais buscava pelas galáxias mais distantes a fim de entender o início do universo, quando fizeram a confirmação da distância da galáxia conhecida como JD1. A intenção era encontrar as formações galácticas que surgiram pouco tempo depois do Big Bang e foram responsáveis pelo processo de reionização, marcado pela queima da névoa de átomos de hidrogênio presente no universo jovem.

Para entender bem esse processo, de acordo com o astrônomo Guido Roberts-Borsani em texto ao The Conversation, foi necessário saber a distância das galáxias. Quanto mais distantes, mais tempo podemos voltar no passado. Como a luz possui um limite de velocidade, ela leva um determinado tempo para chegar até aqui, assim quando olhamos para um objeto no espaço, estamos, na verdade, vendo como ele era no passado, quando essa luz foi emitida por ele.

Assim, para conseguirmos observar o que aconteceu pouco tempo depois do Big Bang precisamos olhar longe. O grande problema é que quanto mais distante, mais fraca é a luz emitida. Para encontrar esses objetos antigos foi preciso recorrer a telescópios poderosos como o Webb.

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Galáxias fracas e distantes

Galáxias distantes e muito brilhantes já foram observadas anteriormente, mas estudar as mais fracas, que também são mais numerosas, permite entender o início do universo de uma forma mais ampla.

A JD1 foi avistada pela primeira vez em 2014 pelo Telescópio Espacial Hubble, que não possui capacidade suficiente para definir sua distância, deixando uma suspeita se era uma galáxia próxima e pequena, ou uma distante. No entanto, recentemente, com o espectrógrafo de infravermelho próximo do Webb, o NIRSpec, foi possível confirmar que se tratava de um objeto longe.

Além disso, também foi possível definir a idade da galáxia, o número de estrelas e a quantidade de poeira e de elementos pesados produzidos por ela.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.