Cheirar fragrância forte durante o sono pode ajudar a memória, diz estudo

Pesquisadores descobriram que cheirar uma fragrância forte durante o sono pode aumentar a capacidade cognitiva em 226%
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 21/08/2023 14h35
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Imagem: Pexels
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Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que cheirar uma fragrância forte durante o sono pode aumentar a capacidade cognitiva em 226%. Um estudo apontou que a prática, se realizada por duas horas todas as noites durante seis meses, oferece um grande impulso para a memória e pode ser um tratamento potencial para a demência.

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Benefícios à memória e maior qualidade do sono

  • Durante o estudo, publicado na revista Frontiers in Neuroscience, um grupo de homens e mulheres com idades entre 60 e 85 anos recebeu cartuchos contendo óleo natural.
  • Um deles apresenta uma fragrância forte, enquanto o outro apresentava um cheiro normal.
  • O resultado, segundo os pesquisadores, é que o grupo de pacientes que recebeu o material com odor mais intenso apresentou um aumento de 226% no desempenho cognitivo em comparação com o grupo de controle.
  • Para se chegar nessa conclusão os cientistas usaram um teste de lista de palavras para avaliar a memória.
  • A pesquisa ainda apontou uma melhoria na qualidade do sono, seguindo informações do Yahoo.
  • A perda do olfato é considerada como uma precursora do desenvolvimento de doenças neurológicas e psiquiátricas, incluindo Alzheimer e Parkinson.
  • Segundo Michael Yassa, diretor do Centro de Neurobiologia da Aprendizagem e Memória da Universidade da Califórnia, Irvine, responsável pelo estudo, “o sentido olfativo tem o privilégio especial de estar diretamente conectado aos circuitos de memória do cérebro”,
  • Os pesquisadores disseram esperar que as descobertas levem a mais investigações sobre terapias olfativas para comprometimento da memória.
  • Outros estudos já haviam descoberto que expor pessoas com demência moderada a até 40 odores diferentes duas vezes por dia aumentou as memórias e habilidades de linguagem, além de aliviar a depressão.
  • “Ao possibilitar que as pessoas experimentem os odores enquanto dormem, eliminamos a necessidade de reservar um tempo para isso durante as horas de vigília todos os dias”, explica a cientista Cynthia Woo.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.