A recente alta nas temperaturas pôde ser percebida no mundo todo, com a Europa e outras partes do globo enfrentando diversas ondas de calor nas últimas semanas. Agora, de acordo com especialistas da ONU, esses extremos de calor se tornarão cada vez mais frequentes e duradouros devido às mudanças climáticas.

De acordo com relatórios da ONU, julho foi o mês mais quente da história. Altas temperaturas puderam ser observadas na América do Sul, que atualmente se encontra no inverno, e um fenômeno conhecido como cimeira de calor vem causando incêndios na Grécia, Espanha, Portugal, Canadá e Havaí.

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Vai ficar pior

Em resposta à AFP, John Nairn, especialista da Organização Meteorológica Mundial (OMM), localizada em Genebra, explicou que as ondas de calor são consequência das alterações climáticas causadas pelo homem e que no futuro elas se tornarão mais frequentes. 

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Ele apontou que veremos ondas de calor por um período mais longo do ano e que elas poderão acontecer em qualquer momento, mesmo durante o inverno. Nairn ainda acrescenta que a ciência já vem avisando há algum tempo sobre os efeitos de liberação desenfreada de gases poluentes. 

As pessoas estão demasiado relaxadas perante os sinais. A ciência advertiu que chegaria a este ponto. E não pára por aqui. Será mais intenso e mais frequente.

John Nairn

Noites quentes

Além dos recordes diurnos e das ondas de calor, o meteorologista também alertou sobre as altas temperaturas durante a noite devido aos problemas que ela pode causar à saúde humana. Temperaturas noturnas elevadas e de forma repetitiva fazem com que o corpo seja incapaz de se recuperar do calor diurno. 

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Além disso, elas também podem afetar as temperaturas do dia seguinte. A energia térmica acumulada durante o dia não consegue escapar durante as noites quentes, elevando ainda mais o calor no dia posterior.

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