Segundo dados da Agência Internacional de Energia Renovável, o Brasil é o oitavo país do mundo com maior produção de energia fotovoltaica do mundo. Desde 2021, o país ganhou seis posições nesse ranking que mede a capacidade de geração de eletricidade através da energia solar. O potencial dessa energia limpa é gigantesco e uma série de projetos tem tentado desenvolver ainda mais tecnologias do tipo em território brasileiro.

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Energia solar será utilizado em áreas comuns

  • Uma dessas iniciativas é fruto de uma parceria do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e da organização não governamental Instituto Pólis.
  • Através dela cerca de 100 famílias do Conjunto Habitacional Paulo Freire, no bairro Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, estão recebendo a instalação de 38 placas de energia solar para uso comum.
  • Mais do que gerar energia elétrica, o projeto busca estimular a autogestão dos moradores sobre os recursos produzidos, segundo informações da Agência Brasil.
  • O local foi construído há mais de 20 anos e as placas fotovoltaicas irão representar uma economia de 60% na conta das áreas comuns do prédio.
  • O destino do dinheiro que será economizado será decidido coletivamente.
  • “A gente entendeu que esse movimento faria total sentido para construção do nosso projeto, que são os coletivos de energia solar, porque a ideia é não só instalar placas solares, é construir realmente essa tecnologia onde as pessoas possam ter autonomia para gerir e administrar a energia que está sendo produzida”, explica Bruna Lopes Bispo, urbanista do Instituto Pólis.

Conscientização e potencial

  • O projeto ainda serve para conscientizar a população sobre os benefícios do uso da energia limpa.
  • “Eu sou nordestina e fui visitar meu pai lá na minha cidade, no Piauí, e, chegando lá, um vizinho tinha placa solar, e meu pai falava: ‘Isso é só pra rico’. Quando a gente implantou aqui, mandei as fotos e ele disse: ‘Você enricou e não contou nada pra ninguém?’. Eu falei: ‘Estou rica mesmo’. Para a gente foi maravilhoso”, relembra a pedagoga Dora Ferreira, moradora do conjunto.
  • Rodrigo Lopes Sauaia, co-fundador e presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), avalia que o país tem espaço e potencial para popularizar o uso dessa energia.
  • “Para a gente ter uma ideia, hoje a energia solar já é a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, exatamente depois da energia das águas, das hidrelétricas. A energia solar é a fonte com mais potencial instalada no Brasil e a maioria dessa energia solar – dois terços dela – está nos telhados das casas, nos pequenos negócios, nas propriedades rurais e em prédios públicos. Cada vez mais essa tecnologia vem se tornando popular e acessível para a população brasileira”, observa.
  • Ele defende políticas públicas de incentivo à instalação de placas de energia solar. “O Brasil tem 91 milhões de consumidores, e só três milhões geram a própria energia. Temos muito espaço para avançar”, avalia.

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